Foi o sentimento de gratidão e reconhecimento aos profissionais da saúde que motivou o empresário Thiago da Costa, proprietário do Restaurante Fortaleza da Ilha, no Centro de Florianópolis, a iniciar uma ação solidária com a doação de refeições. Um gesto pequeno em quantidade, são 10 marmitas semanais distribuídas em hospitais e postos de saúde e a distribuição de sopões eventualmente em comunidades de Florianópolis. Mas que toma grandes proporções ao analisar a realidade econômica que coloca pequenos empresários em situação de ameaça. 

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– Abrimos nosso negócio recentemente e, no atual cenário, mesmo com orçamento apertado, temos que ter empatia e ser grato. Assim, quem sabe, conseguiremos sair desta pandemia melhores do que entramos como seres humanos – diz Thiago.   

São refeições servidas literalmente com muito carinho. Cada marmita recebe uma mensagem de agradecimento e o retorno é visível.  

– Fazer o bem não tem preço. Saber que podemos fazer a diferença na vida das pessoas é o nosso retorno. Sentimos nosso coração aliviado no meio do caos. Percebemos que as pessoas têm mais empatia umas pelas outras e estão tentando ajudar mesmo que com pouco, e isto dá a elas mais iniciativa para ser solidário ao próximo – destaca o empresário.

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A solidariedade tende a ser um dos ganhos com essa pandemia, como coloca a filósofa Lúcia Helena Galvão. Ela fala sobre a Teoria do Impacto, conhecimento oriental que diz que a consciência se dá por contraste, e exatamente o contraste da chamada normalidade e o isolamento que mostrou o quanto a nossa forma de vida era egoísta. 

Mas ela ressalta que isso cria um movimento de mudança. 

– Não digo que todos vão aceitar esse convite, mas alguns sim, se sentiram bastante impactados por poder olhar para a maneira com que estavam vivendo e perceber que muitas vezes não tinha nada a ver com os seus sonhos, os seus princípios – aponta a especialista.

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Valorizar o trabalho de quem está próximo

Para o artista visual Marcelo Camacho, sua forma de dar um bom significado para este momento é valorizando o trabalho de alguns amigos, também artistas. O apoio vem na aquisição de algumas obras. 

– A ideia é ajudar porque sei o que eles passam, conheço as dificuldades no meio e como ficou pior nesse momento.  

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Trabalho da Bbel (@belbelluci) adquirido por Marcelo durante a pandemia.
Trabalho da Bbel (@belbelluci) adquirido por Marcelo durante a pandemia. (Foto: Arquivo pessoal)

Marcelo viu vários de seus projetos e pinturas serem cancelados durante os primeiros meses de pandemia, mas ao iniciar em um novo emprego, em junho, viu a possibilidade de então contribuir financeiramente com os colegas de profissão. 

– Tem várias formas de ajudar um artista. Você pode recomendar, ajudar a divulgar o trabalho e isso é algo que artistas fazem bastante entre si.

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Ouça a filósofa Lúcia Helena Galvão falando sobre o olhar positivo durante a pandemia:

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