A Associação Empresarial de Joinville (Acij) está preocupada com o conteúdo de 17 das 54 emendas parlamentares referentes ao projeto da Lei de Ordenamento Territorial (LOT) enviadas ao Conselho da Cidade. As ponderações foram enviadas aos membros das comissões de Legislação e Justiça e de Urbanismo.

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A apreciação dos pontos polêmicos, pelo conselho, será concluída neste mês. Na sequência, a Câmara de Vereadores deverá votar o projeto. Ao menos é o que desejam o Executivo e grande parte dos legisladores. Algo para setembro, se acontecer tudo como querem a Prefeitura e a maioria dos vereadores.

Aqui, neste espaço, uma síntese do que perturba o sono dos donos do dinheiro e dos empreendedores. A emenda que mais desagrada ao empresariado é a de número dois, do vereador Maycon Cesar (PSDB), a qual exclui a área de expansão urbana Sul, no entorno do local onde será construído o campus da Universidade Federal de Santa Catarina. A Acij pede a manutenção da redação original, já analisada pelo Conselho da Cidade há algum tempo e que garante a área de expansão.

O tópico voltou para a reanálise do conselho. O argumento principal a favor da área de expansão é que se trata de uma região com relevância para o futuro, vocacionada para receber parque de inovação tecnológica e, também, empreendimentos industriais de grande porte. O debate em torno da criação de faixas viárias também aguça os neurônios.

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A visão mais crítica sobre o assunto relaciona-se à proposta de faixas viárias em ruas do bairro América, como a Marechal Deodoro e a Conselheiro Arp. Até mesmo a ideia de se estabelecer faixas viárias no bairro Bucarein mereceu atenção prioritária da associação no documento entregue às comissões.

A emenda 39, que inclui parte do bairro América na área urbana de adensamento prioritário, dá calafrios nos empresários. Tem a ver com a convicção de que essa mudança, em relação ao uso permitido atualmente, diminuiria a qualidade de vida de locais hoje com características de construções unifamiliares, e de pouco trânsito, com bastante verde em volta. Algo a se preservar, como há exemplos em outras cidades, tendo Curitiba como modelo.

Representando também as construtoras, a Acij se posiciona contra a emenda número 22, que diminui a angulação de edifícios em relação à rua, como forma de garantir a insolação. Igualmente, a Acij é contra a emenda 23, que propõe a redução do gabarito (altura de prédios) na região central de 45 para 35 metros. Essa emenda, obviamente, prejudica os interesses das construtoras e de imobiliárias.

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Outra ideia que incomoda é a que inclui parte de Pirabeiraba no Distrito Industrial, ampliando, desse modo, o espaço para edificação de empreendimentos justamente onde atualmente a legislação não prevê essa possibilidade. Nesse caso, um alerta necessário para evitar-se degradação da qualidade daquele ambiente para as próximas gerações.

Um ponto bastante sensível para os donos do capital é a proposta constante da emenda 18, que destina 10% de grandes empreendimentos imobiliários para famílias de baixa renda. É óbvia a inquietação, dado que eventual aprovação trará efeitos negativos para os negócios dessa natureza, a maioria orientada para a classe média..

Leia mais sobre a economia de Joinville e região.

Ensino

Em 2017, o Senai-SC implantará modelo de ensino médio articulado com o ensino técnico, com três anos de duração. A informação é do diretor regional Jefferson Gomes.

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– Legislação, regulação e infraestrutura para o desenvolvimento de novos produtos esbarram em recursos humanos. A única chance de desenvolver novos produtos é se tivermos talento – ressalta Gomes, ao mostrar o relatório da McKinsey que aponta China, Alemanha e EUA como maiores desenvolvedores de produtos manufaturados.

Crise de aprendizado

A Fiesc fará um encontro técnico com especialistas do Itaú BBA e educadores para compartilhar propostas e experiências que articulem o ensino médio e técnico. A professora convidada de Harvard e ex-diretora global de educação do Banco Mundial Claudia Costin aponta para uma crise de aprendizado: as crianças estão na escola, mas não estão aprendendo. No Brasil, 39% dos adultos com idade entre 25 e 34 anos não têm a escolaridade básica completa. A próxima geração reproduzirá a pobreza. Um quarto dos jovens abandona o ensino médio antes de concluir.

Sem rodar

A demora na recuperação da economia, com enfraquecimento da demanda pelos serviços de transporte, mantém o cenário de dificuldades no setor. Conforme dados divulgados pela NTC&Logística (Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística), 65,4% das transportadoras de cargas estão com caminhões parados. Outra conta mostra que 11,2% da frota que está sem rodar.

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Supermercado e escola

Um supermercado e um colégio particular serão construídos na rua Nereu Ramos, em São Francisco do Sul. O empreendedor é o empresário Carlos Alberto de Oliveira Júnior, dono da Litoral Agência Marítima. No local, funcionava a sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). O nome da rede de varejo que vai operar no endereço ainda não foi revelada, mas as obras já começaram (foto acima). A Prefeitura tem o máximo interesse em atrair mais supermercados para a cidade. Uma única rede atende à população. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Olivetti, manteve contatos com os grupos Top, Koch, Bistek e Angeloni. Por ora, o Top formalizou protocolo de intenção com o município.

Itaú recorre ao STJ

O processo de recuperação judicial da Duque ganha novo capítulo: o Banco Itaú recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) de decisão do TJ de Santa Catarina que garantiu a continuidade da recuperação e concluiu que a instituição financeira exerceu abuso de direito de voto ao tentar impugnar o processo. O banco alegou o contrário e, por enquanto, perde. Advogado da empresa joinvilense espera que o TJ remeta os autos a Brasília no prazo de um mês. O julgamento, lá, deve acontecer em, no mínimo, meio ano. A produção, na fábrica da Duque caiu significativamente porque, atendendo quase que exclusivamente a Electrolux, não tem a quem porque à Eletrolux está em ferias coletivas.

Fatia

O Brasil representa 6% das vendas do Grupo Mexichem (marca Amanco) em todo o mundo. A informação consta de relatório semestral da companhia. A empresa entrou no segmento de flúor e renova seu site, usando plataforma que se adapta a qualquer tecnologia.

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Em preparação

A Wetzel está se preparando para marcar, junto à Justiça, a data de assembleia geral de credores. A empresa está em processo de recuperação judicial.