Um acidente envolvendo um caminhão, no km 15 da SC-418, na Serra Dona Francisca, em Joinville, deixou as equipes da Defesa Civil e da Fundação do Meio Ambiente em alerta por causa do vazamento de um produto químico que era carregado pelo veículo.
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O motorista de 32 anos disse que descia a Serra devagar, porém perdeu os freios na curva. O caminhão tombou duas vezes e foi parar às margens da rodovia, bem próximo de um penhasco. O acidente aconteceu por volta de 11 horas desta terça-feira.
– Foi Deus quem parou – relatou o motorista que saiu ileso do acidente.
De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil, Antônio Edival Pereira, quase metade dos 12,3 mil litros de óleo de xisto (substância utilizada para misturar com o asfalto) vazou na pista. A substância alcançou a canaleta da rodovia e desembocou no Rio Cubatão. A água que desce a Serra é utilizada como fonte da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão.
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Para evitar que água contaminada chegasse até a ETA, técnicos da Fundema improvisaram duas linhas de contenção que ajudam a frear a passagem do óleo. Depois que o óleo é contido, a empresa responsável pelo transporte do produto deve retirá-lo do rio. Esse trabalho é feito por meio de uma máquina capaz de sugar o óleo.
O coordenador do setor de emergências ambientais da Fundema, Jacson Seidel, explicou que o sistema de tratamento da ETA possui sensores que identificam produtos químicos. Então, caso algum produto passe pela linha de contenção, o sistema terá a capacidade de detectá-lo. Toda vez que isso acontece, a captação da água é interrompida para fazer a limpeza.
Após um estudo detalhado sobre o caso, a Fundema poderá mensurar quais foram os danos causados pela contaminação e qual será a responsabilidade da transportadora. Jacson acredita que em dois dias o óleo já tenha sido eliminado por completo do Rio Cubatão.
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Trânsito interrompido por duas horas
A rodovia estadual ficou interditada por quase duas horas para que as equipes dos bombeiros pudessem fazer uma limpeza de emergência da pista e liberar o trânsito em meia pista até que a empresa responsável pelo transporte chegasse para coletar o produto químico.
O trânsito terá que ser interrompido outras vezes durante a tarde para remover o caminhão e eliminar todo o produto químico do local.