O delegado da 27° DP de São Paulo, Antônio Carlos Menezes de Barbosa, que investiga a queda do avião que fazia o vôo 3054 da TAM, disse que uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que poderia ter evitado o acidente foi desrespeitada. A declaração foi dada neste sábado, durante o oitavo encontro dos familiares das vítimas no Hotel Embaixador, em Porto Alegre.
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A polícia disse ter provas até o momento para indiciar pelo menos 10 responsáveis pelos crimes de lesão corporal e homicídio culposo, aquando não há intenção de matar. O inquérito vai ser concluído até junho. O delegado tenta há dois meses ouvir o ex-presidente da Anac, Milton Zuanazzi, sobre a norma que proibia o pouso de aviões com os freios auxiliares travados.
– Se a norma tivesse sido obedecida, o avião não pousaria em Congonhas e, consequentemente, poderia não haver acidente – disse o delegado.
Milton Zuanazzi disse que não foi intimado e afirmou que a norma citada pelo delegado não estava em vigor quando ocorreu o acidente.
A TAM diz que fechou acordo de indenização com 68 famílias e cortou o pagamento de passagens aéreas e hospedagens de quem recorreu à Justiça.
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O presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 3054 da TAM, Dario Scott, afirma que a entidade ainda está em busca de respostas, nove meses após a tragédia.
– Muitos dos familiares que eles tentaram impedir que viessem aqui, estão aqui hoje – disse Scott.
Amanhã, os familiares devem realizar manifestação no Aeroporto Internacional Salgado Filho, no final da tarde.