As equipes de resgate, que trabalham na busca por sobreviventes do Boeing 737-800 que caiu na China, afirmaram nesta terça (22) que as esperanças por sobreviventes são praticamente nulas. A aeronave transportava cerca de 132 pessoas de Kunming para Guagzhou, quando caiu em uma região de montanhas nesta segunda-feira (21).

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Conforme informaram os profissionais que trabalham no local, as equipes buscam por vítimas e pelas caixas-pretas, que são dispositivos que guardam dados do voo e registros de áudio da cabine do piloto. O material das caixas pode auxiliar a entender o que causou o acidente. 

Ainda de acordo com os funcionários, estão sendo examinados os pedaços do avião e rastros do incêndio. Um dos profissionais afirmou que os passageiros podem ter sido “totalmente incinerados” pela intensidade das chamas.

Se confirmadas as mortes de todas as pessoas a bordo, o acidente será a maior catástrofe aérea, em número de mortes, que já ocorreu no país chinês em quase três décadas. O acidente de voo comercial com mais vítimas fatais na China aconteceu em 1994, quando a queda de uma aeronave da China Northwest Airlines provocou a morte das 160 pessoas a bordo.

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O que se sabe até o momento 

Segundo informações preliminares, a aeronave teve o contato com os controladores de voo interrompido, enquanto sobrevoava a cidade de Wuzhou, e perdeu cerca de 26 mil pés (quase 8 mil metros), em dois minutos. 

O avião caiu em vertical e com alta velocidade na zona rural da província de Guangxi, área florestal. A queda da aeronave causou um incêndio no local e um estrondo que pôde ser ouvido por moradores que vivem na região. 

A companhia aérea informou na noite desta segunda, que as pessoas que estavam a bordo da aeronave, morreram, mas não divulgou detalhes. 

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– A companhia expressa profundas condolências pelos passageiros e os membros da tripulação que morreram no acidente – diz o comunicado da China Eastern. 

As redes sociais e o site da companhia, foram alterados para tons em preto e branco, como símbolo de luto pelo acidente. 

Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto
Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto – (Foto: Reprodução)
Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto
Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto – (Foto: Reprodução)
Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto
Companhia aérea altera site e redes sociais como forma de demonstrar luto – (Foto: Reprodução)

O líder do regime chinês, Xi Jinping, afirmou que uma investigação detalhada será apurada para apontar as causas do acidente. A imprensa estatal informou que o vice-primeiro-ministro Liu He, próximo a Jinping e responsável por questões econômicas do país, foi enviado para a região onde houve a queda, para supervisionar as tarefas de resgate e investigação. 

O que foi encontrado 

O local da queda da aeronave é cercado por montanhas, tendo uma única trilha de acesso. De acordo com a imprensa chinesa, escavadeiras estão sendo utlizadas no local para abrir caminho até o ponto onde o avião caiu. 

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Até o momento já foram encontrados restos queimados de documentos de identidade e carteiras. Partes da aeronave estão espalhadas pela encosta das montanhas carbonizadas pelo fogo. 

O que dizem os especialistas 

Conforme informou a Folhapress, de acordo com o rastreador de voos especializado FlightRadar24, a aeronave perdeu quase 21,2 mil pés (6,4 mil metros) em apenas um minuto antes de desaparecer dos monitores de radar. Depois, após uma breve subida, despencou novamente, a 1,4 mil metros, segundo o FlightRadar24, para ficar 983 metros acima do solo. A aeronave desapareceu dos radares às 14h22 (3h22 de Brasília).

Jean-Paul Troadec, ex-diretor do Escritório de Investigação e Análises de Segurança Aérea da França, afirmou à agência de notícias AFP que é “muito cedo” para tirar conclusões, mas que os dados do FlightRadar são “muito incomuns”. Dan Elwell, ex-chefe da Administração Federal de Aviação, a agência reguladora dos EUA, disse à Reuters que “acidentes que começam na altitude de cruzeiro geralmente são causados pelo clima, sabotagem deliberada ou erro do piloto”, disse.

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