O dono da casa em que moravam as três crianças, vítimas de maus-tratos na madrugada desta sexta-feira na zona Leste de Joinville, conta que suspeitou que algo estava errado após ouvir batidas na parede por volta de 1 hora.
Continua depois da publicidade
– Fui lá e falei com ele (padrasto): O que está acontecendo aqui? Ele disse: nada, eu já paguei o aluguel. Aí eu respondi não é assim não – relata o pintor, que decidiu sair sem brigar e chamar a polícia naquele momento.
Para não ligar do próprio celular, o pintor foi até a rua e ligou para a emergência da Polícia Militar de um orelhão. Após a chegada dos policiais, o proprietário voltou à casa do inquilino para ver o que estava acontecendo.
– Meu Deus, ver aquelas crianças naquele estado em que elas estavam. Estou chocado até agora – afirma o pintor, emocionado.
Continua depois da publicidade
Segundo o morador, as crianças tinham cinza de cigarro na perna e estavam com os olhos machucados.
– Se a Justiça soltar ele (padrasto) é porque não tem Justiça – opina o proprietário, que é pai de dois adolescentes, uma de 17 e um de 14 anos.
De acordo com o pintor, quando ele retornou para ver o que estava acontecendo, o padrasto relatou a ele na frente dos policiais que alguém o havia denunciado por maus-tratos às crianças, mas o padrasto e a mãe só estavam com o menino de cinco anos. O policial, então, perguntou sobre as outras crianças. Após revistarem a casa, a PM encontrou a menina de nove anos e o menino de 12 trancados na lavanderia.
Continua depois da publicidade
– Depois que viram a polícia, as crianças só choravam – conta o morador.
O vizinho, que mora ao lado da casa em que vivia a família, conta que na semana retrasada já havia escutado outra briga. – Ele (padrasto) ficou bêbado e quase matou aquelas crianças e essa noite quase aconteceu a mesma coisa – disse o morador.