A primeira etapa de obras de duplicação da Avenida Diomício de Freitas, que levará ao acesso viário ao novo terminal do aeroporto Hercílio Luz, não deve ficar pronta em dezembro deste ano, como previsto inicialmente. A obra é fundamental para que a nova infraestrutura do aeroporto comece a operar, quando ela estiver pronta.
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O trecho que corta o solo da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, no bairro Carianos, Sul da Ilha, com uma extensão de aproximadamente 650 metros, terá de aguardar cerca de dez meses até receber a brita e o asfalto para a duplicação da avenida que liga o Centro ao aeroporto Hercílio Luz. Esta é a etapa da obra mais complicada.
O segundo trecho, que vai do Estádio da Ressacada até a área do novo terminal de passageiros do aeroporto, ainda precisa da Licença Ambiental de Instalação (LAI) que será emitida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para começar a ser feito. Nesta etapa, não há tanto rigor quanto no trecho da reserva ambiental e o asfaltamento poderá ser feito assim que o solo for desmatado.
Licença aguarda por aval de instituto
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Gean Loureiro, presidente da Fatma, diz que aguarda o posicionamento do ICMBio sobre o trecho da obra para expedir a LAI, como acordado entre as duas entidades na época da emissão da Licença Ambiental Prévia. De acordo com ele, o instituto encaminhou há 10 dias questionamentos a respeito do projeto, que já teriam tido respostas da Fatma. Loureiro espera que no início da próxima semana o ICMBio dê o aval para que a Fatma emita a licença que falta.
– Precisamos tomar medidas para a garantia da preservação ambiental, mas algumas delas podem ser feitas com a licença emitida – defende o presidente da fundação.
Na terça-feira, uma reunião no Centro Administrativo vai discutir o andamento das obras. Para o secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, é preciso saber no que a LAI pode ser flexibilizada para sua emissão. Apesar do atraso nas duas etapas da obra, o secretário afirma que a data prevista para a conclusão da obra segue inalterada.
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– Não abro mão do término da construção em junho (de 2014) em hipótese alguma. Não vai acontecer de termos o terminal de passageiros antes do acesso a ele. Nós vamos construir uma alternativa para se chegar até o terminal – garante.
Reserva atrasa cronograma
Na próxima segunda-feira, a empresa contratada pelo Deinfra deve começar a colocação de eucaliptos deitados no solo da área que passa pela Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, exigência do ICMBio por se tratar de um local mais vulnerável. Após essa etapa, as obras ficarão paradas por cinco meses para o adensamento do solo. Passado o período, uma segunda etapa de brita será colocada e o local não poderá ser mexido por mais cinco meses.
Se não houver alteração nas etapas, somente em abril de 2014 é que começará a colocação de asfalto no trecho, dois meses antes da previsão para as duas etapas da obra serem concluídas, conforme o calendário inicial.
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– A ideia era deixarmos o trecho transitável em dezembro (deste ano), mas estou preocupado com isto. Não sabíamos que teríamos tanta dificuldade nesta questão ambiental. Só poderemos dar um novo prazo para a conclusão desta primeira parte das obras dentro de até 60 dias – desabafa Paulo Meller, presidente do Deinfra em SC.
O departamento tem permissão da Fatma e do ICMBio para trabalhar no trecho que vai do Trevo da Seta até o Estádio da Ressacada, área da qual faz parte a reserva ambiental.