Dois museus de Joinville estão se adequando para atender um público cada vez maior: daqueles que procuram tudo pelas páginas da internet. O Museu Casa Fritz Alt foi o pioneiro na cidade a aderir ao sistema de digitalização de acervo desenvolvido pelo curso de Sistemas de Informação da Univille.

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A ferramenta de catalogação web já funciona disponibilizando grande parte das obras públicas e privadas do artista alemão e neste ano segue com o desafio de tornar acessível aos internautas toda o patrimônio reunido no Museu Nacional de Imigração e Colonização.

– O Museu de Imigração é um desafio para o sistemas, pois, enquanto tínhamos 500 objetos do Fritz Alt para cadastrar, neste há cerca de 7 mil peças – avalia Walter Silveira Coan, um dos professores do departamento de informática do curso que desenvolveu o sistema.

A continuidade do projeto, que nasceu a partir da parceria e financiamento da universidade, teve o incremento de R$ 10 mil via Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) de 2012.

O valor, além de bancar um computador servidor para abrigar o sistema, também garantiu bolsa a um aluno do curso de sistemas de informação. Como contrapartida social, o projeto começou a realizar ontem uma série de cinco cursos para prestar esclarecimento sobre a iniciativa.

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– Vamos falar sobre o conceito de museu virtual, acessibilidade, histórico e interface do projeto – adianta Walter.

Um dos encontros acontece nesta terça-feira, das 13h30 às 17h30, no laboratório de informática da Univille.

Equipe empenhada

O ingresso do Museu Nacional de Imigração e Colonização no arquivo web começou na semana passada. A própria equipe do setor educativo é responsável por alimentar o sistema de consulta, que traz imagem, título, ano, nome do autor (quando há), descrição e dimensões do objeto.

Por enquanto, três objetos constam na página (http://museu.univille.br:8080/consultamuseu) lincada ao site da Fundação Cultural de Joinville. O sistema é preparado também para atender aos deficientes visuais, por meio do áudio das descrições.

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No Museu de Imigração, a educadora Elaine Cristina Machado coordena o grupo de cinco funcionários que se divide nos processos de inventários do acervo. Cada peça passa pelo chamado arrolamento, etapa de cruzamento de informações e verificação do estado de conservação, registro fotográfico e então os dados são disponibilizados na rede. O trabalho é complexo devido ao grande número de peças.

– O que mais nos difere do Museu Fritz Alt é a tipologia do acervo – esclarece Elaine.

A educadora acredita que o sistema casa com a proposta de um museu acessível, bandeira que a equipe vem implantando aos poucos.

– Em breve lançaremos um áudio-guia – promete.

A equipe acrescentou ao sistema o primeiro objeto a ser tombado no museu, um relógio de pêndulo tipo carrilhão da marca Robin, modelo de 1862. Uma xícara bigodeira e o piano da marca alemã Rönisch, também já estão disponíveis para consulta.

Curso “Educação Patrimonial e Acessibilidade: ferramentas informatizadas de consulta do acervo museológico”

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Para professores da rede pública, monitores, educadores da Fundação Cultural

Terça-feira, das 13h30 às 17h30

Dias 28, 29 e 30, das 7h30 às 11h50

No laboratório de informática, bloco B, sala 30, na Univille

Inscrições pelo (47) 3433-3736 e educativomnic@joinvillecultural.sc.gov.br