“Acendeu o alerta do aumento de casos em São José”, declarou a secretária de Saúde do município, Sinara Simioni, em entrevista à CBN Diário nesta terça-feira (23), a respeito da prefeitura local anunciar novas medidas para evitar o avanço do coronavírus. Ela não deu detalhes sobre as ações, que devem ser seguidas em conjunto por Palhoça e Biguaçu. 

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– Nós temos uma realidade diferente, com indústrias. Por isso, estamos discutindo para irmos na mesma linha de restrições (com Palhoça e Biguaçu). Quero adiantar que não vai ser nessa linha de “fechar tudo” (como em Florianópolis), mas vamos colocar algumas restrições para haver o controle – destacou a secretária josefense. 

Pelos números oficiais da Covid-19 divulgados pelo Governo de SC nesta segunda (22), São José está com 297 casos registrados e duas mortes por Covid-19. Porém, o município, que atualiza os dados locais toda sexta-feira, já aponta 315 diagnósticos positivos e três óbitos – somente nesta segunda-feira, a prefeitura anunciou mais 68 confirmações. 

Simoni inclui a subnotificação como outro fator preocupante: anteriormente, os resultados do Laboratório Central (Lacen), em Florianópolis, eram entregues em até 72 horas. Porém, segundo a autoridade municipal em Saúde, a secretaria está há mais de sete dias na espera de cerca de 200 coletas represadas. 

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– Outro dado que nos chamou a atenção foi a questão do nosso centro de atendimento de sintomáticos respiratórios. Antes, quando você coletava dez amostras, apenas uma delas acusava positivo. Isso mudou em uma semana. Agora, estamos confirmando de cinco a seis casos – declarou a secretária de Saúde de São José. 

Durante o último fim de semana, 12 estabelecimentos foram fechados por não respeitarem as regras em tempos de pandemia – entre as irregularidades flagradas, pessoas sem máscaras e uso de narguilê. Simioni reforça que a população precisa colaborar, e que, se não houver alterações no cenário crescente, as medidas poderão se tornar mais restritivas.

As ações, segundo a secretária, estão voltadas para evitar complicar ainda mais a situação da oferta de leitos. De acordo com a secretária municipal, o Hospital Regional e o Hospital Florianópolis, centros de referência para o atendimento na região, estão com capacidade máxima totalmente ocupada. 

– Houve um caso de uma unidade de saúde que (o paciente) agravou, e aí teve que ser levado para o HU. Os dois hospitais não receberam porque estavam lotados – disse Sinara Simioni, sobre um episódio ocorrido essa semana. 

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Ouça a entrevista na íntegra para a CBN Diário: