O agora ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou a saída do cargo dizendo que deixou um plano pronto para governadores e prefeitos analisarem os próximos passos e disse que escolheu assumir o Ministério com a expectativa de ajudar o país no combate à pandemia do coronavírus.
Continua depois da publicidade
– Não aceitei o convite pelo cargo, aceitei o convite porque achava que podia ajudar o Brasil e as pessoas – disse o ex-ministro, ao final do rápido pronunciamento.
Teich relembrou que visitou as cidades mais afetadas pela covid-19 e também anunciou um programa de testagem segundo ele pronto para ser implementado.
– Vai ser importante para entender a situação da covid no Brasil e a sua evolução – afirmou.
O ex-ministro não falou sobre temas polêmicos como o uso da cloroquina, que novamente opõe o presidente Jair Bolsonaro e um ministro da Saúde, e não deu detalhes de por que decidiu deixar o cargo.
Continua depois da publicidade
– A vida é feita de escolhas, e eu escolhi sair – resumiu, na primeira frase do pronunciamento.
Teich fez uma desa do sistema público de saúde, agradeceu aos profissionais do setor e a equipe do ministério e falou sobre dificuldades enfrentadas, como a compra de respiradores e equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a pandemia.
Após 28 dias no cargo de ministro da Saúde, Teich pediu exoneração nesta manhã.
Ouça o pronunciamento do ex-ministro Nelson Teich:
Na quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro disse na saída do Palácio da Alvorada que iria conversar com o ministro sobre o uso da cloroquina. O médico já havia dito que o medicamento era uma incerteza, e se mostrava cauteloso sobre o seu uso em pacientes com Covid-19.
A defesa da cloroquina já havia sido um dos motivos dos embates entre o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que foi demitido em abril.
Continua depois da publicidade
Análise
>> Bolsonaro faz com a Saúde o que fez com a PF: interfere
>> Quem assumir o Ministério da Saúde embarcará nos disparates do governo