A ocupação do Morro do Mocotó, terá sequência no fim de semana com o trabalho da Polícia Militar (PM). Policiais vão continuar dentro da comunidade por tempo indeterminado. O comando do 4º Batalhão da PM não quis revelar o número de servidores que vão atuar no morro durante esse tempo.
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Treze presos até esta sexta
A operação policial na comunidade termina o dia de trabalhos com 13 pessoas presas. Segundo a Polícia Civil, dos 13 presos, apenas um deles não tinha mandado de prisão, mas o suspeito foi detido em flagrante, junto com outros quatro pessoas, que também tinham mandados contra elas. Novas prisões não são descartadas, já que as equipes continuam atuando nas ruas.
A operação desta sexta também resultou em apreensões de drogas, duas armas e produtos eletrônicos. Os números finais do trabalho somente serão obtidos neste sábado, quando os agentes devem terminar de contabilizar o que foi recolhido.
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A operação
Atuaram nesta sexta-feira as tropas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT), além de policiais que fazem o policiamento ostensivo do 4º Batalhão da PM. De acordo com o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Araújo Gomes, foram fechadas as principais vias de acesso ao morro e também de incursões pelas vielas.
A ação foi liderada por policiais da Delegacia de Combate às Drogas da Polícia Civil, unidade criada há 22 dias em Florianópolis. O trabalho é resultado de 10 meses de investigação e culminou com 27 ordens judiciais de prisões e 40 mandados de busca e apreensão decretados pela Justiça.
Equipamentos eletrônicos, como computadores, televisores, rádios e celulares foram recolhidos. A quadrilha foi identificada e monitorada pela Delegacia de Combate às Drogas durante 10 meses.
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O delegado Antonio Seixas Joca diz que o bando costumava intimidar a comunidade com ameaças, além dos próprios policiais.
Mulheres de presos na frente da Acadepol
Assim que os presos foram encaminhados para os procedimentos policiais, que estão sendo feitos na Academia da Polícia Civil (Acadepol), em Canasvieiras, um grupo de mulheres permaneceu na frente do lugar.
Elas estão inconformadas com as prisões dos maridos e buscam o acesso a eles, mas sem sucesso. Algumas intimidaram a equipe do Diário Catarinense e reclamaram da cobertura da imprensa sobre a comunidade.
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Confira vídeo da operação: