Uma análise pericial pioneira no Brasil contribuiu para as investigações da operação Poseidon, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal em três cidades do Litoral Norte. Peritos do Instituto Nacional de Criminalística da PF fizeram a identificação genética de espécies de peixe, o que ajudou os investigadores a descobrirem se os produtos eram rotulados de forma fraudulenta nas indústrias.

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A PF explica que a identificação genética de espécies de peixes é feita com base na técnica do código de barras do DNA. A técnica se baseia no fato de que cada espécie possui uma sequência de bases única em algumas regiões do DNA mitocondrial, um verdadeiro código de barras.

A análise foi feita para a investigação da operação, mas é possível que os dados a partir de agora sejam usados em outras ações da PF. O mecanismo é usado para fiscalização em instituições internacionais como o Food and Drug Administration dos Estados Unidos.

Operação Poseidon

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Poseidon em Itajaí, Itapema e Navegantes. A ação tem como finalidade coibir fraudes no processamento de pescados por empresas da região.

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As empresas investigadas são suspeitas de comprar peixes de uma determinada qualidade, processar e vender os produtos como sendo peixe de valor comercial mais alto, além de industrializar espécies em extinção capturadas ilegalmente.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sete empresas, que tiveram as atividades financeiras bloqueadas nesta quinta-feira.