Com olhos e ouvidos atentos, jovens de dez a 17 anos acompanhavam o treinamento de resgate com cães, na tarde deste sábado, em Joinville, como parte das atividades da terceira edição do encontro estadual de bombeiros mirins.
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Na simulação no campo do Sítio Novo, dois labradores, de três e quatro anos, deveriam encontrar a suposta vítima deitada vários metros à frente do grupo. Ao encontrá-la, um dos cachorros começou a latir, o sinal característico de que encontrou o que procurava.
Diferentemente dos cães farejadores que auxiliam o trabalho da polícia, estes cães que localizam vítimas não associam o alvo com um odor específico.
Eles são treinados para encontrar as pessoas debilitadas, ou seja, sentadas ou deitadas, explica o coordenador de treinamento da associação voluntária de busca e resgate com cães (Avbrec), Sidney dos Dantos Teixeira. Se, no caminho, o cão passar por um indivíduo em pé, vai ignorá-lo.
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O treinamento começa cedo. Com três ou quatro meses o animal tem contato com a busca de objetos para despertar o interesse pela atividade, mas serão necessários dois ou três anos até que esteja pronto.
A Avbrec está se preparando agora para conquistar a certificação internacional Sardus, em agosto de 2014.
Ação
O resgate com cães é uma das atividades mais aguardadas nos encontros estaduais de bombeiros-mirins, mas a programação desta edição é extensa e divide-se em gincana, colocando à prova a habilidade em atividades típicas dos jovens bombeiros, e seis palestras relacionadas ao resgate e prevenção.
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No total, mais de 800 jovens de 11 cidades participam do encontro, que começou na sexta-feira e termina neste domingo.
O organizador do evento, Adriano Silva, explica que a a atividade de bombeiro mirim pode ocupar alguns anos da vida desses jovens ou se tornar a sua profissão.
Este é o desejo do joinvilense Alisson Neubauer, de 14 anos. Quando era criança, quase se afogou em uma piscina e foi salvo pelo irmão. O episódio despertou dentro dele o desejo de ajudar aos outros.
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Valentim Alflen Júnior, 17 anos, que veio de Schroeder para o evento, também não tem dúvidas. Há sete anos atuando como bombeiro mirim, diz que sempre teve curiosidade e fascinação pela atividade.
– Quero me especializar em resgate na mata -, diz o jovem determinado.