O Projeto Tartarugas da Babitonga (Tabmar) tem o objetivo de monitorar a população de tartarugas verdes na região do Litoral Norte de Santa Catarina. Para isso, professores e estudantes do curso de biologia marinha da Univille de São Francisco do Sul atuaram de forma voluntária, entre os dias 5 e 9 de junho, para realização de capturas intencionais.

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A captura intencional das tartarugas é realizada para estudar padrões de residência e, principalmente, identificar condições de saúde delas. Esses dados também auxiliam no entendimento sobre a qualidade do ambiente em que elas vivem.

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Segundo a professora doutora e coordenadora do Projeto Tabmar, Marta Jussara Cremer, o procedimento de captura exige uma série de protocolos para manter animais e voluntários seguros, além da definição antecipada sobre os pontos determinados para os estudos.

— Nós levamos elas para a terra onde tem uma equipe preparada que segue protocolos, também para que a gente faça uma série de coletas. Então a gente avalia desde parâmetros clínicos dos animais, se eles estão magros, se apresentam lesões, doenças aparentes. Fazemos a biometria, a medição do tamanho, peso e também coletas de amostras. Coletamos sangue, principalmente, amostras de pele, eventualmente amostras de papilomas que é uma das doenças que mais afeta esses animais — explica a coordenadora do projeto.

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Depois desse processo, as tartarugas são marcadas com anilhas padronizadas no Brasil pelo Projeto Tamar e devolvidas ao mar no mesmo local que foram capturadas.

Em entrevista à rádio CBN Joinville, Marta conta que nos cinco anos em que o projeto realiza as capturas, algumas tartarugas já foram capturadas mais de uma vez, o que “permite entender que esses animais realmente passam um longo período da sua vida aqui dentro da baía”.

Principais ameaças 

Ainda neste ano de 2024, uma tartaruga de 24 anos foi encontrada na Praia da Enseada, em São Francisco do Sul, com ferimentos graves. Após seguir o protocolo de eutanásia, devido ao quadro de saúde, foi descoberto que a tartaruga havia se ferido ao engolir um anzol.

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A coordenadora do Projeto Tabmar afirma que as tartarugas, como indicadoras da qualidade ambiental, mostram as ameaças que as atingem de maneira direta e todo o ecossistema ao redor. Como por exemplo, a poluição sonora no ambiente aquático, que geram níveis de estresse que reduzem a imunidade dos animais.

Ouça a entrevista completa de Marta Jussara Cremer, coordenadora do Projeto Tabmar:

A rádio CBN Joinville está no ar 24h por meio do dial 95.3 FM em Joinville. Também é possível ouvir pela internet no link.

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