Ação de 15 horas envolve cerca de 100 policiais e resulta na morte de três caixeiros na região de Jaraguá do Sul

A ação que mudou a rotina de moradores da região de Jaraguá do Sul teve a participação de mais de 100 policiais. Foram cerca de 15 horas de buscas e troca de tiros, que resultou na morte de três caixeiros no Norte de Santa Catarina. Um deles, morto pelo agricultor feito refém durante a fuga. Os outros dois, em confronto com policiais. Um quarto homem ainda é procurado.

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Quatro bandidos renderam dois vigilantes do supermercado Angeloni em Jaraguá e explodiram caixas eletrônicos do estabelecimento. Quando a PM chegou ao local, por volta das 5h30, foi recebida a tiros pelo grupo e um policial acabou sendo atingido na perna. A partir daí, começou a perseguição que terminaria perto das 21 horas em Schroeder.

– Houve troca de tiros a todo o momento -, conta o tenente Edson Jesus da Silva, que participou da operação.

Após o carro ser atingido por disparos da PM, a quadrilha abandonou o Gol com placas de Balneário Camboriú e fugiu pela mata já próximo a Schroeder. Corporações de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder, o Pelotão de Patrulhamento Tático de Joinville, o helicóptero Águia, o Bope de Florianópolis e a equipe do canil de Blumenau também auxiliaram nas buscas.

Por volta das 19h30, a Central de Emergência recebeu uma ligação de uma mulher, que mora próximo a Guaramirim. Ela foi feita refém por um dos suspeitos desde às 16 horas. Ele estava com uma roupa preta e fortemente armado.

– Ela contou que o assaltante ligou para outro homem que não participou do crime para ir buscá-lo. A própria mulher foi quem teve que passar o endereço. Depois disso, o suspeito fugiu – explica.

Enquanto as buscas aconteciam, a central recebeu uma nova ligação por volta das 20h30. Um morador de Schroeder relatou que três homens invadiram a casa dele e fizeram a família refém. O morador foi agredido e ameaçado. Quando dois dos homens saíram para buscar as armas e o dinheiro que haviam deixado na mata, o agricultor reagiu com socos, chutes e uma cinta, segundo informado pela polícia.

– O homem reagiu com medo de ser morto, já que um deles conversou com os comparsas pedindo permissão para executá-lo. A casa ficou danificada e o agricultor estava machucado e em estado de choque. O suspeito foi identificado como Diego Drum, 24 anos, e tinha várias passagens pela polícia, além de mandados de prisão em aberto por envolvimento em roubo à banco.

Alan Pacheco Russi, 22 anos, e o outro homem ainda não identificado, foram mortos em confrontos com policiais a cerca de 100 metros da residência do agricultor. Foram encontrados dois fuzis, entre eles um AK47, equipado com carregador com capacidade para cem projéteis, três pistolas, três carregadores, dois radiocomunicadores que copiavam a frequência da Polícia Militar, coletes, munições e uma mochila com cerca de R$ 300 mil reais.

– O apoio da comunidade foi primordial. Por meio de informações dos moradores conseguimos chegar a um certo êxito. Não temos intenção de matar, a missão não é essa. Mas na hora do confronto não há tempo pra pensar, eles vieram dispostos a tudo.