Agentes da Polícia Federal (PF) fazem operação na região de Dionísio Cerqueira para desarticular grupos criminosos ligados ao contrabando e ao descaminho na fronteira com a Argentina. As quadrilhas eram especializados na introdução clandestina, em território nacional, de diversos produtos de origem estrangeira, sem o devido processo de importação. As cargas eram principalmente de camarão, alpiste, vinho, desodorante, produtos de perfumaria, dentre outros.

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Os produtos eram introduzidos em território nacional através de passagens clandestinas existentes na fronteira seca entre Brasil e Argentina. Especialmente no caso do camarão, o produto era transportado muitas vezes em veículos sem refrigeração até o Litoral de Santa Catarina e do Paraná, chegando ao destino em condições impróprias para o consumo e gerando riscos à saúde.

A investigação transcorreu durante aproximadamente 100 dias, período em que foram apreendidos diversos produtos:

25 toneladas de camarão;

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14 toneladas de alpiste;

18 mil frascos de desodorante;

5 mil garrafas de vinho;

140 mil reais em espécie;

135 mil pesos argentinos em espécie;

17 automóveis;

6 caminhões usados para levar produtos ilícitos.

O valor total das mercadorias apreendidas é de aproximadamente R$ 2 milhões, sem considerar o valor dos veículos apreendidos. Para se ter uma ideia do lucro gerado pelo contrabando, apenas um dos investigados, que não possui fonte de renda formal, foi responsável por movimentar R$ 10 milhões em apenas dois anos. A movimentação ocorreu através de contas pessoais e de “laranjas”. No curso da investigação também foram realizadas 15 prisões em flagrante e instaurados 23 inquéritos.

Na fase ostensiva da operação foram utilizados 100 policiais. Os agentes cumpriram 23 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de condução coercitiva, além do sequestro de veículos, nas cidades catarinenses de Dionísio Cerqueira, São José, Joinville e Florianópolis; nos municípios paranaenses de Barracão, Toledo, Francisco Beltrão, Marmeleiro e Guaratuba.

Além disso, serão impostas pelo juízo federal medidas cautelares diversas da prisão, como fianças de até R$ 100 mil e uso de tornozeleiras eletrônicas. Os envolvidos deverão ser indiciados por contrabando, descaminho, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a Ordem Tributária. As penas máximas, somadas, podem chegar ao patamar de 22 anos de reclusão, além da investigação por lavagem de capitais, cuja pena máxima é de 10 anos de prisão.

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