A Polícia Federal de Santa Catarina deflagrou operação na manhã desta quarta-feira (12) contra suspeitos de integrarem um esquema de saques irregulares de precatórios em cidades catarinenses e também em outros estados do país.
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Conforme a PF, a organização criminosa fraudava documentos para sacar dinheiro proveniente de ações judiciais em agências da Caixa Econômica Federal. A investigação estima que as fraudes praticadas pelos suspeitos tenha causado prejuízo de quase R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Em Santa Catarina, foram identificadas fraudes nas cidades de Tubarão, Chapecó, Presidente Getúlio, Abelardo Luz, Xanxerê e Brusque, entre os anos de 2018 e 2019.
Na operação da manhã desta quarta, foram expedidos pela Justiça um mandado de prisão preventiva contra uma pessoa no Maranhão, e 19 mandados de busca e apreensão em endereços no Piauí, São Paulo e Pará, além do Maranhão. Até por volta das 11h50min, todos as buscas haviam sido cumpridas, mas o alvo do mandado de prisão ainda não tinha sido localizado.
Segundo o delegado da PF de Criciúma, Rafael Broietti, que auxiliou na investigação, não houve mandados em Santa Catariana neste momento porque o núcleo do grupo criminoso funcionava nos outros estados. A investigação, porém, continua.
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A PF de Criciúma começou a apurar o caso há quase um ano, após uma tentativa de saque de precatório com documentos falsos em uma agência da Caixa Econômica Federal na cidade de Capivari de Baixo, no Sul catarinense. O banco identificou a fraude nos documentos apresentados por uma advogada e acionou a Polícia Federal.
De acordo com Broietti, os criminosos identificavam locais com saques disponíveis de ações judiciais e falsificavam as procurações que eram apresentadas pelos advogados para o saque. A suspeita é que os criminosos se aproximavam dos advogados por aplicativos de mensagens. Cartórios no Maranhão e no Piauí seriam os responsáveis por falsificar os documentos. Dois funcionários da Caixa do Maranhão são suspeitos de fornecer as informações.
Os investigados podem ser indiciados por prática dos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro.