O acesso aos cursos de graduação da Acafe, hoje sem vestibular, pode passar a ser feito com a aplicação de prova caso o programa Universidade Gratuita aumente muito o interesse pelas vagas. Atualmente, apenas os cursos de medicina, com maior ocupação das vagas ofertadas, exigem que o estudante passe por um vestibular unificado.

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A previsão foi anunciada pela presidente da associação que reúne as universidades comunitárias em Santa Catarina, Luciane Ceretta, à CBN Floripa, nesta terça-feira (16), dia em que o projeto de bolsas chegou à Assembleia Legislativa catarinense (Alesc).

— Nós temos hoje o processo de acesso às nossas universidades por vestibular para os cursos de medicina e o acesso padronizado por processo seletivo para os demais cursos de graduação. Vamos acompanhando como vai ser a demanda para esse cursos e vamos avaliando se haverá ou não vestibular — disse a presidente da Acafe e também reitora da Unesc, ao colunista Ânderson Silva, no Redação CBN.

— Hoje os processos seletivos são por análise de desempenho escolar, com toda a documentação, com a avaliação de como esse estudante saiu do ensino médio. Para o segundo semestre, deve ser do mesmo modo. Se houver uma demanda muito maior do que o número de vagas ofertadas, haverá o vestibular — completou Ceretta, ainda à CBN Floripa.

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O que é o Universidade Gratuita

O Universidade Gratuita é uma das principais promessas de campanha do governador Jorginho Mello (PL), que foi pessoalmente à Alesc entregar a proposta para tramitação e análise dos deputados.

O projeto cria vagas gratuitas nas universidades comunitárias do sistema Acafe, que passariam, em maior parte, a ser financiadas pelo governo estadual e de modo escalonado.

Conforme adiantou o colunista do NSC Total Renato Igor, serão contemplados 30 mil alunos (40%) em 2023; em 2024, 45 mil (60%); em 2025, 60 mil (80%); e, em 2026, 75 mil alunos (100%).

O Universidade Gratuita prevê que, para cada dois alunos pagos pelo Estado, a Acafe bancará um terceiro. Segundo a Secretaria de Estado da Educação informou após a entrega do projeto, as 75 mil vagas previstas para o projeto até 2026 já contabilizam as custeadas pelo Estado e pelas universidades.

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O investimento do Estado nas vagas criadas no segundo semestre deste ano será de R$ 228 milhões. Já no último ano, quando todas as 75 mil vagas previstas estarão sendo custeadas pelo Estado, o custo projetado é de R$ 1,2 bilhão.

O programa contempla 15 universidades sem fins lucrativos. São elas: Furb, Universidade do Contestado, Centro Universitário Católica SC, Unesc, Unibave, Unidavi, Unifebe, Uniplac, Univali, Univille, Unochapecó, Unoesc, Uniarp, SATC e IELUSC.

Essas duas últimas não fazem parte do sistema Acafe, mas são entidades filantrópicas. Já a Udesc, também parte da Acafe, não está inclusa no programa por já oferecer ensino público e gratuito.

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