Estimulando um olhar para o mundo de forma diferente, os alunos da 5ª fase do curso de administração da Católica SC, campus Jaraguá do Sul, apresentaram projetos de empresas com alternativas sustentáveis. Entre eles, está um grupo de cinco universitárias com um estudo sobre a possibilidade de implantação de uma empresa de locação de bicicletas elétricas em Jaraguá do Sul, fugindo do trânsito caótico e não poluindo o meio ambiente.
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Aproveitando que discussões de mobilidade estão em alta, as estudantes Andressa Maira Heller, Andressa Taíse Tribess, Carine Mayer, Gabriela Xavier dos Santos e Sofia Lessmann Cardoso tiveram a ideia de locação de bicicletas elétricas em três pontos da cidade. A Católica seria uma parada, assim como o Parque Malwee.
O trabalho foi desenvolvido pelas estudantes durante a disciplina de projeto integrador, sob a supervisão do professor Flavio Knihs. Os alunos foram desafiados a apresentar estratégias para tornar produtos e serviços mais sustentáveis do que são atualmente no mercado.
– Escolhemos uma empresa de bicicletas elétricas de Balneário Camboriú, mas estamos reavaliando o custo, porque na praia é uma área turística e aqui seria usado para trabalho ou estudo – revela Gabriela.
A pesquisa considerou fatores como a quantidade de ciclovias e ciclofaixas existentes em Jaraguá do Sul, o número de pessoas que utilizam a bicicleta para se locomover, demografia e as oportunidades e ameaças ao negócio, que foram avaliadas em cinco áreas: econômica, natural, tecnológica, político-legal e sociocultural.
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Segundo as acadêmicas, a maior dificuldade foi encontrar dados ou pesquisas que mostrassem como está o uso de bicicletas elétricas nos municípios brasileiros. Elas utilizaram um levantamento realizado pelo Instituto Jourdan em 2011, com 700 pessoas em 26 pontos estratégicos da cidade, e revelam que apenas 4,76% dos jaraguaenses se locomovem de bicicleta no dia a dia. Outro estudo, feito por acadêmicos da Católica de Santa Catarina em 2012, mostra que o veículo é usado diariamente por 11,40% dos 3.571 universitários entrevistados.
– Pensamos na bicicleta por ser um meio de transporte mais barato e bastante usado pelos universitários. Por exemplo, eu uso para ir trabalhar diariamente. A bateria da bicicleta elétrica tem boa durabilidade e já existem formas de descarte da bateria – revela Andressa Maiara.
Mais espaço para ciclistas
A Prefeitura pretende ampliar os espaços destinados aos ciclistas, que hoje contam com 45.320 quilômetros de ciclofaixas e 5.860 km de ciclovias. O Instituto Jourdan projeta chegar a 114.305 km, o que estimula o uso desse meio de transporte e também representa uma oportunidade para o negócio.
– A cidade está investindo no sistema cicloviário – já tendo os locais definidos para as implantações das ciclovias e das ciclofaixas – e com um plano B, utilizando concreto nos locais que ainda não têm asfalto. Isso garante segurança à população, que se sente mais confiante para andar de bicicleta – comenta a acadêmica Carine.
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A viabilidade da implantação do negócio será avaliada pelo grupo nos próximos meses.