A academia Yolo, localizada na zona Sul de Joinville, foi autuada pelo Procon no início tarde desta quarta-feira. Uma fiscal do Procon e dois membros do Conselho Regional de Educação Física (CREF3/SC) chegaram na academia por volta das 14 horas. O motivo da autuação administrativa de fiscalização, de acordo com os órgãos, é a ausência de um profissional formado em educação física.
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No momento da abordagem, apenas uma estagiária estava no estabelecimento, que fica na rua Petrópolis, no bairro Itaum. Segundo o CREF3/SC, esta é a segunda vez que a academia é autuada esta semana e a quarta nos últimos três anos. Por telefone, o proprietário da academia, que não quer ser identificado, alegou que o funcionário formado estava em horário de almoço e que retornou minutos depois da chegada dos órgãos. O proprietário alegou que o mesmo aconteceu nas outras visitas do CREF3/SC. A equipe de reportagem do A Notícia acompanhou a ação e verificou que um outro homem chegou no local durante a abordagem.
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Ícaro Alexandre Orlandi, agente de orientação e fiscalização do CREF3/SC, alerta que a ausência de um profissional formado em educação física pode trazer riscos para os clientes, como lesões. Ele disse é comum academias atuarem sem profissionais formados. De acordo com Ícaro, a academia Yolo não possui registro no CREF3/SC.
O agente explicou ainda que o órgão soube da irregularidade por meio de uma denúncia. Irregularidades em academias podem ser denunciadas pelo site www.crefsc.org.br. A academia, segundo o CREF3/SC, tem mais de 400 clientes.
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Durante a ação, clientes tiveram que deixar o local e outros não puderam entrar. Ouvidos pelo A Notícia, eles afirmaram que não sabiam da ausência de um profissional formado. Um casal que chegava para treinar elogiou o atendimento da academia.
Outro problema identificado pelo Procon é a falta de acessibilidade no local. Não há rampa para acesso de pessoas com deficiência física. A fiscal Leocádia Di Domenico informou que um memorando foi feito e será encaminhado para a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), órgão responsável por este tipo de fiscalização.
De acordo com o Procon, os proprietários têm dez dias para se manifestar e apresentar sua defesa. Depois deste prazo, se o problema não for resolvido, o Procon pode interditar definitivamente a academia. Após a saída do Procon, por volta das 15 horas, a academia voltou a funcionar normalmente. Após a autuação, os administradores publicaram um anúncio no Facebook divulgando uma vaga para professor de educação física graduado e com o registro no CREF3/SC atualizado.