Nem balé, nem dança de rua. Muito menos profissionais da dança no palco. O perfil é do grupo de dança da Academia Corpo Livre. Quatro vezes campeã do Festival de Dança, a turma encontrou no gênero Danças Populares uma maneira de mostrar seus talentos no evento da cidade.
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Formado por cerca de 30 meninas com idades entre 13 e 16 anos, o grupo da Corpo Livre reúne joinvilenses e caras de outros estados.
– Temos muita menina de Joinville, mas algumas são de fora, como a irmã de uma garota que veio de São Paulo com a família porque a irmã passou no Bolshoi -, conta Liliana Vieira Köhn, professora e coreógrafa.
Tudo começou quando Liliana passou a ensaiar meninas pequenas para participar dos palcos abertos e depois, em 2000, para seguir na Mostra Meia Ponta.
– Treinamos para a Mostra e as meninas foram crescendo e continuamos os ensaios até que tiveram idade para a Competitiva. Já somos tetracampeões e isso é o resultado de muito trabalho. Cada vez que ganhamos, queremos seguir em frente, superando nossos limites -, diz Liliana.
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Assim como os dançarinos dos grupos do Programa Dançando na Escola, as meninas da Corpo Livre tem pouco tempo para fazer parte do festival. Elas começam no Meia Ponta, passam à Mostra Competitiva e precisam deixar o grupo depois que completam 16 anos.
– Não temos grupo Avançado. Nosso limite é o Sênior e aí a idade é o limite -, diz Liliana.
Como foram vencedoras do primeiro lugar em sua categoria no ano passado, as meninas da Corpo Livre já têm vaga garantida neste ano. Eles ganharam com a coreografia sobre o festival de Parintins e, este ano, tentarão o feito com “Tambores da Bahia”.
Para criar essa nova leva de movimentos, Liliana viajou para a Bahia, trouxe um professor de lá para dar um retoques na coreografia final e um músico desenvolveu os acordes de percussão que as garotas irão tocar no começo da apresentação.
– Ensaiamos quatro vezes por semana e ainda aos sábados e domingos. Temos patrocínio e vivemos em função do Festival. Às vezes, acho até que sou ficada demais nisso, mas é uma grande honra fazer parte do maior Festival de Dança do mundo e as meninas entram na academia pequeninas já pensando na Mostra Competitiva -, revela a professora que é formada em Educação Física e tem especialização em dança.
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Além de “Tambores da Bahia”, a Corpo Livre terá mais uma coreografia na Mostra Competitiva (“Xerife Wood”, gênero Jazz Conjunto Sênior) e duas na Meia Ponta (“Mainau, Paraiso das Flores”, gênero Danças Populares Conjunto Infantil; e “As Aventuras de Jessie”, gênero Jazz Conjunto Infantil).