A surpreendente absolvição dos dois melhores velocistas da Grécia, que respondiam a processo pelo não comparecimento ao teste antidoping, pareceu um tanto quanto amarga, embora tenha calado uma possível reação neste sábado, dia 19, em um país que já os tratou antes como heróis.
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Em uma decisão inesperada na sexta, autoridades esportivas gregas isentaram de culpa os velocistas Costas Kenteris e Katerina Thanou de todas as acusações de terem faltado a três testes antidoping. O anúncio terminou uma saga que já dura oito meses e começou horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Atenas, em 12 de agosto.
– Todas as leis foram desrespeitadas – afirmava o jornal Eleftherotypia. – Kenteris e Thanou se livram de punição.
– Inocentes – trazia estampado o jornal Ta Nea em um artigo no caderno de esportes.
Kenteris, de 31 anos, foi medalha de ouro nos 200m rasos nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, e Thanou, de 30 anos, prata nos 100m rasos no mesmo evento. Ele teriam sido afastados do atletismo por dois anos caso fossem punidos pela ausência nos testes em Tel Aviv, Chicago e pouco antes dos Jogos de Atenas.
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Ambos os atletas, que estão livres para correr, exceto se a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) aceite recurso da Corte de Arbitragem do Esporte, eram as maiores esperanças de medalha para o país sede das Olimpíadas.
Mas o caso “estragou” o primeiro dia dos Jogos e alguns gregos culparam o Comitê Olímpico Internacional (COI) por algo que acreditavam ser uma caçada contra os velocistas para punir a Grécia pelo atraso na preparação dos Jogos.
As informações são da agência Reuters.