O ex-juiz Sergio Moro confirmou que não é mais pré-candidato à Presidência. O anúncio foi feito em uma rede social na tarde desta quinta-feira (31) após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública trocar de partido e se filiar no União Brasil.

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No texto, Moro diz que o país “necessita de uma alternativa livre dos extremos, da instabilidade e da radicalização”. Por conta disso, ele teria aceitado a proposta de integrar a sigla e, assim, negociar com as “forças políticas uma candidatura presidencial única dentro do centro democrático”. 

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Ao fim do comunicado, ele agradeceu ao Podemos e disse que será “um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”. 

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Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, Moro vinha sendo pressionado no Podemos a desistir da candidatura presidencial. A presidente do partido, Renata Abreu (SP), dizia a aliados não estar disposta a investir financeiramente numa campanha à Presidência.

A decisão do ex-juiz de trocar de partido foi tomada em decorrência dessas sinalizações de Renata e pela avaliação de que o Podemos preferia investir em candidaturas locais. 

Partido não queria Moro como candidato à presidência

O secretário-geral da União Brasil, ACM Neto, divulgou uma nota nesta quinta-feira na qual diz não admitir a hipótese de Sergio Moro ser candidato à Presidência da República pelo partido. Moro assinou a ficha de filiação à legenda nesta quinta-feira (31).

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No documento, eles dizem respeitar a trajetória de Moro e dizem que ele pode “contribuir para o cenário político nacional”, mas não na disputa pelo Palácio do Planalto.

“Entretanto, deixamos claro que o seu eventual ingresso à União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”, diz a nota, também assinada por Efraim Filho, 1º secretário do partido, José Agripino Maia (vice-presidente), Ronaldo Caiado, professora Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis, todos vice-presidentes do União Brasil.

“Caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo pela legenda, o ex-ministro será muito bem-vindo. Mas, neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido”, continua a nota.

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