Vencedor da licitação para explorar comercialmente o prédio instalado na Praça Hercílio Luz (Biergarten) no centro histórico de Blumenau, Dimas Luiz Felipe, proprietário do restaurante Thapyoka, em Timbó, revela como vai aproveitar o novo espaço a partir de março de 2015.

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Jornal de Santa Catarina – Outros empreendimentos já ocuparam o prédio do Biergarten e acabaram fechando. Qual vai ser a sua receita para fazer o negócio dar certo?

Dimas Luiz Felipe – Creio que o foco desses outros empreendimentos não estavam corretos. Nós vamos focar num público diferente do que eles tinham. Pelo que eu me lembro os outros negócios começaram bem, mas mudaram o foco, optando por fazer festa e baladas e nós não temos interesse nesse ramo. Queremos realmente fazer um ponto onde todas as pessoas, desde adultos, crianças e idosos, possam vir e ter um local para almoçar ou jantar. Queremos oferecer entretenimento dessa forma. Para termos sustentabilidade vamos trabalhar com o público de Blumenau que precisa de espaço para almoçar.

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Santa – A que você atribui o sucesso da Thapyoka em Timbó e o que pretende trazer de lá pra cá?

Felipe – Na questão de conhecimento quero trazer quase tudo de lá. Quando abrimos a Thapyoka erámos uma boate e naquela época as pessoas elegiam um dia para sair. Hoje o público que vai pra balada é jovem e estudante e, muitas vezes, não tem renda alta. Claro, tem uma parcela com condições para bancar essa rotina, mas a grande maioria não e acaba ficando limitado. O restaurante não tem tanto risco quando comparado a uma balada. Para ter boa rentabilidade precisamos ser conscientes, ter os pés no chão e trabalhar na medida que o cliente se habitua com aquilo. Precisaremos fazer adaptações, mas basicamente trabalharemos do jeito que é aqui (em Timbó), abrindo todos os dias para almoço, happy hour e jantar. Abriremos de domingo a domingo, inclusive feriados. Esperamos que o público blumenauense nos prestigie.

Santa – Quais os principais desafios à frente deste novo negócio?

Felipe – Teremos que fazer uma grande reforma. O local não foi feito para abrigar um restaurante, então no primeiro momento teremos que construir uma nova cozinha e, em seguida, refazer o deck. O próximo desafio é a contratação de funcionários. Dessa vez acredito que essa etapa será mais fácil. Quando o restaurante começou a funcionar em Timbó, não tínhamos muita experiência no ramo. Hoje já temos noção. Antes de contratar poderemos fazer uma capacitação com os funcionários. De resto não vejo outras dificuldades. Como nós temos em Timbó o slogan Thapyoka – Um lugar incomum, a Thapyoka Blumenau também será um lugar incomum.

Santa – Então a ideia é trazer a marca Thapyoka para Blumenau?

Felipe – Não definimos ainda, porém a nossa marca já está no mercado há 26 anos e se colocarmos o mesmo nome o retorno será mais rápido. Existe a possibilidade de usar algum nome ligado à cerveja, mas não é nada definido. Estamos discutindo ainda.

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Santa – Como ficará o cardápio?

Felipe – A Thapyoka tem um cardápio com pratos típicos alemães e nós devemos trabalhar em cima disso. Claro, terão alterações porque a gastronomia tem de estar em constante mudança. Mas o marreco, o joelho e a canela de porco deve estar entre as opções. Não sei se colocaremos mais pratos, mas no começo vamos ofertar comidas típicas alemãs que já são servidas em Timbó. Fora isso temos entradas, carnes vermelhas, peixe, frango e saladas.

Santa – Além do deck e do restaurante, você pretende aproveitar a praça do Biergarten?

Felipe – Nem sei é possível usar aquele espaço. Por se tratar de uma área ao ar livre com árvores, temos o problema dos pássaros. Se não tivermos esse cuidado, podem acontecer coisas desagradáveis durante o almoço. Outra possibilidade é aproveitar o desenho inicial. Temos uma cozinha na parte superior que, infelizmente, é pequena para operar no restaurante. Como vamos fazer uma cozinha nova, a do piso superior poderá ser transformada, dependendo da viabilidade, em uma confeitaria. Assim, poderíamos servir café à tarde. Outra opção é fazer uma degustação de vinhos sem atrapalhar o serviço no restaurante. Teremos também uma carta de vinhos completa. Um dos espaços internos será transformado em adega e o cliente poderá ir até esse espaço escolher a sua bebida.