A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu nota de repúdio à agressão sofrida pelo jornalista Sandro Silva, do jornal Diarinho, durante a cobertura da ação policial onde quatro jovens foram mortos em Navegantes na quarta-feira. A entidade pede investigação e afirma que ¿a polícia deve colaborar para que a imprensa faça o seu trabalho, e não o contrário¿.

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“Policiais que atendiam a ocorrência se recusaram a falar com a imprensa e formaram um cordão de isolamento para proteger os veículos que deixavam a cena do crime levando os corpos das vítimas. Um homem tentou atravessar o bloqueio e, segundo o repórter, a Polícia Militar reagiu com jatos de spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha contra a população que estava no local. Sandro se escondeu atrás de um carro, mas foi encontrado por um policial. Agredido com chutes, o jornalista se identificou, mostrou o crachá e, apesar disso, levou um tiro de bala de borracha num dos joelhos. O repórter se abrigou na casa de uma família nas proximidades com medo de levar outro tiro”, diz o texto publicado pela Abraji em seu site.

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Entenda o caso

O jornalista Sandro Silva, do jornal Diarinho, foi atingido por um tiro de borracha e um cinegrafista da RBS TV levou um chute de um dos policiais durante a cobertura da ação policial onde quatro jovens foram mortos em Navegantes na quarta-feira. Houve um protesto por parte dos moradores e a polícia usou bombas e tiros de bala de borracha.

A PM afirma que, em meio à confusão, pediu que os repórteres ficassem próximos dos policiais, mas não localizou os dois jornalistas agredidos.