Os acionistas da empresa de alimentos BRF aprovaram, nesta terça-feira, por unanimidade, a nomeação do empresário Abilio Diniz para a presidência do conselho de administração da companhia no biênio 2013-2015. A decisão divide a opinião entre os especialistas que de um lado enxergam benefícios para SC, mas por outro se preocupam com a possível mudança nos rumos já traçados para o Estado.
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No mercado, a entrada de Abilio no conselho da BRF é avaliada sob diferentes óticas. De um lado, bem vista institucionalmente e operacionalmente, pois pode impulsionar a internacionalização da companhia, já que, após a aprovação da fusão da Sadia com a Perdigão, que deu origem à empresa, o avanço no país está limitado em alguns segmentos para evitar a concentração de mercado. A própria BRF acredita que o empresário pode contribuir para esse movimento.
Uma prévia desta conjuntura é a valorização das ações da BRF antes mesmo da confirmação de Diniz na presidência, apenas enquanto seu nome ainda era uma possibilidade. Economistas acreditam que a transição será positiva à empresa, aos acionistas e até mesmo aos consumidores, que poderão ter acesso a produtos mais baratos como reflexo de uma estratégia mais agressiva de expansão mercadológica.
Por outro lado, a mudança na presidência do conselho traz também apreensão, medo de que a transição mude os caminhos atualmente trilhados pela companhia.
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Miguel Padilha, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de SC, fica no meio termo. Segundo ele, a expectativa é de que a BRF dê continuidade aos atuais investimentos com foco na construção de novas plantas produtivas no Estado e na geração de emprego, proporcionando aos trabalhadores maior participáção nos resultados da empresa.
_ Nossa expectativa é das melhores. Tanto para a companhia quanto para os trabalhadores e o Estado. O Abílio Diniz é uma pessoa experiente, que assume um projeto tão grande. Certamente contará conosco. Não esperamos que a BRF se expanda para fora do país. Queremos investimentos no Brasil. Que o que for pra fora, sejam os produtos fabricados aqui_.