A abertura da nova ala do Hospital Regional do Oeste (HRO) foi tema de uma reunião realizada na manhã desta sexta-feira (16) em Chapecó, com a presença da direção Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, secretários de saúde e deputados estaduais.
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O novo prédio de 11 mil metros quadrados distribuídos em 11 andares recebeu o alvará de funcionamento nesta semana. Mas o mobiliário já foi instalado há cerca de um ano e parte dos equipamentos já foram adquiridos pelo governo do Estado.
Outra licitação no valor de R$ 10 milhões também está em andamento. Mas já é possível abrir dois andares a partir de setembro, o que aliviaria a demanda do hospital, que recentemente teve que suspender algumas cirurgias e adaptar leitos nos corredores por falta de espaço.
Durante a reunião o diretor do Hospital, Osmar Arcanjo de Oliveira, disse que a instituição foi a que mais fez internamentos pelo SUS no primeiro semestre em Santa Catarina, com mais de nove mil atendimentos.
São mais de cinco mil pessoas que passam pelo pronto socorro por mês e mais de mil cirurgias realizadas. Só que a instituição precisa de recursos para contratar mais 50 a 60 profissionais para a primeira etapa da ampliação, quando serão ocupados o sétimo e oitavo andares do novo prédio.
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A proposta definida pela diretoria e que nesta semana será apreciada por um conselho de delegados do hospital e depois vai para aprovação do Governo do Estado, é transferir a oncologia para a nova área.
Isso representaria espaço 46 novos leitos cirúrgicos que possibilitariam ampliar o atendimento em cirurgia geral, ortopédicas e neurológicas, onde existe maior fila de espera.
O problema é que o hospital já está com um déficit de cerca de R$ 700 mil entre a despesa, que chega a R$ 12 milhões, e a receita, que é de R$ 11,3 milhões.
A coordenadora da bancada do Oeste, deputada Marlene Fengler (PSD), disse que há um compromisso dos deputados em buscar recursos para iniciar o atendimento.
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– Nós nos comprometemos a marcar uma audiência com o governador Carlos Moisés da Silva para solicitar aumento do convênio de R$ 1,8 milhão mensal, que é um dos menores repasses comparado com o volume de atendimento, além de buscar R$ 2,5 milhões mensais para dar início ao atendimento. Nesta questão estamos buscando apoio dos deputados federais e senadores para conseguir antecipar o teto do Ministério da Saúde – disse a deputada.
Um problema é que o SUS aumenta o teto de pagamento depois que o hospital já tem uma série histórica de atendimento. Como o hospital está sem recursos, a ideia é antecipar esse teto.
Lembrando que essa seria apenas a primeira etapa do novo prédio. A previsão é de novos serviços de hemodinâmica, o que melhoraria o atendimento vascular e neurológico, evitando a ida de pacientes para outras regiões e diminuindo as sequelas.
Também está prevista a ampliação de leitos de UTI e novas especialidades.
Sobre a inauguração dos serviços no novo prédio a assessoria da secretaria de Saúde informou em nota que não há data prevista:
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“A Secretaria de Estado da Saúde está concluindo algumas etapas, como acesso externo e rotas de fuga, além de aquisição de equipamentos para ampliação dos serviços. Não está definida a data de abertura devido à necessidade de conclusão dessas pequenas adequações.”
A expectativa da direção do HRO é que o atendimento possa iniciar em novembro.