A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) publicou neste sábado um comunicado em repúdio às agressões sofridas pelo empresário Héctor Magnetto, CEO do Grupo Clarín de comunicação, o maior da Argentina.
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Na última quinta-feira, Magnetto foi cercado por manifestantes quando saía de uma audiência em Buenos Aires e precisou de escolta da polícia para deixar o local.
Fundada em 1962, a Abert representa 3 mil emissoras privadas de rádio e televisão no Brasil. Na nota, a associação acusa o governo de Cristina Kirchner de incentivar a hostilidade e a perseguição contra jornalistas e veículos de comunicação argentinos.
Confira o texto na íntegra:
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A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão manifesta sua extrema preocupação e repúdio diante das agressões e insultos cometidos por militantes de grupos políticos contra o empresário Héctor Magnetto, na última quinta-feira, em Buenos Aires.
Magnetto, que preside o Grupo Clarín, participava de uma audiência de conciliação como parte de um processo civil movido contra o comentarista esportivo Víctor Hugo Morales, por uma série de calúnias e difamação.
Ao final, ao tentar deixar o prédio, o empresário foi cercado por manifestantes de um grupo radical denominado Tupac Amaru, ligado a presidente Cristina Kirchner, e jornalistas de órgãos oficiais do governo que o agrediram com socos, empurrões e cuspes.
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O advogado de Magnetto, Damián Cassino, foi perseguido à saída da audiência e precisou de ajuda policial, como o empresário, para sair a salvo do local.
A escaldada de hostilidade e perseguição a jornalistas e veículos de comunicação, incentivada pelo governo de Cristina Kirchner nos últimos cinco anos, ameaça o livre exercício do jornalismo e já compromete o regime democrático do país.
Brasília, 10 de agosto de 2013.
Daniel Pimentel Slaviero
Presidente