O presidente palestino, Mahmud Abbas, pediu nesta terça-feira à comunidade internacional que intervenha com urgência em favor dos presos palestinos em greve de fome nas prisões israelenses.
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– As coisas podem se tornar incontroláveis se não for salva a vida dos presos em greve de fome. Pedimos à comunidade internacional que intervenha com eficácia para acalmar a situação, senão será impossível controlá-la, e irá piorar por todas as partes nos territórios palestinos – advertiu Abbas em declarações à TV local.
– Estes presos estão em greve de fome em resposta à política de prisão administrativa e aos maus-tratos aplicados pelas autoridades de ocupação (israelenses) – afirmou.
O presidente palestino enviou uma carta urgente ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para denunciar as condições de detenção dos grevistas, informar sobre a piora de seu estado de saúde e pedir a sua libertação.
Na primavera de 2012, entre 1,6 mil e 2 mil presos palestinos de Israel fizeram uma greve de fome coletiva, que terminou com um acordo, em 14 de maio, com a administração penintenciária israelense.
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Uma de suas principais reivindicações era a libertação dos que cumpriam prisão administrativa uma vez expirado o período em curso, a menos que se apresentassem acusações contra os mesmos.
A prisão administrativa, herdada do mandato britânico na Palestina, permite encarcerar uma pessoa por períodos de seis meses, renováveis indefinidamente, sem acusá-la ou julgá-la.