O abate dos 72 bois foi na manhã desta terça-feira em um frigorífico de Concórdia, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Eles estavam em uma propriedade do interior de Xavantina e foram diagnosticados com tuberculose por técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc). No local havia 160 cabeças de gado.
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Segundo a coordenadora da área de defesa sanitária animal da Cidasc, Gisele Bertol Rosa, o número elevado de animais contaminados se deve pela demora na realização de exames.
– Os sintomas são difíceis de serem percebidos. Os animais emagrecem, produzem menos e se o produtor não ficar atento a doença pode se afetar outros animais. E como o tratamento também é complicado a melhor opção é o abate – explicou.
Além do tratamento da doença ser complicado, ela pode ser transmitida para seres humanos e provocar lesões no intestino e em alguns casos o pulmão. A transmissão acontece através da ingestão de leite e carne de animais contaminados.
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De acordo com a Cidasc, este é um caso isolado e não há motivo para pânico.
– Vamos continuar monitorando e realizar novos exames nos animais que restaram. Só depois a propriedade estará liberada – disse Gisele.
Em um ano, 120 animais foram abatidos na região de Concórdia por apresentarem a doença. Por isso a Cidasc orienta os produtores a realizar exames de tuberculose nos animais pelo menos uma vez por ano. O teste custa em média R$ 30 por animal.