As montadoras trabalham para colocar nas ruas veículos cada vez mais sofisticados (modelos flex e ecologicamente corretos), mas o preço nas bombas de combustível não ajuda os motoristas joinvilenses. O etanol continua caro, mesmo com a queda de 1,2% nas últimas quatro semanas, e dificilmente vai ser compensador neste ano para o motorista joinvilense.

Continua depois da publicidade

O preço médio na bomba nesta semana foi de R$ 2,338, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para valer a pena, precisaria custar o equivalente a 70% do preço do litro da gasolina. Ou R$ 1,888. É que a energia gerada por um litro do derivado de cana no motor do carro corresponde a 70% do derivado de petróleo.

Continua depois da publicidade

A última vez que encher o tanque com etanol foi compensador para os donos de carros bicombustíveis foi em julho de 2010, quando o litro custava R$ 1,66 nas bombas

Segundo o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, esta é uma realidade brasileira.

– Desde a safra de 2010, quando o preço nas usinas era de R$ 0,70, não é vantajoso abastecer com etanol. Com a falta de produtos na entressafra seguinte, criou-se um novo patamar de valores. Dificilmente veremos preços baixos novamente -, comenta.

Continua depois da publicidade

A expectativa é que os preços do etanol continuem caindo, por causa do início da safra de cana-de-açúcar, que começa a ser colhida em abril.

– Se a oferta de produto for grande, o consumidor poderá notar alguma diferença nas bombas de combustível -, diz Soares.