A situação de animais abandonados ou vítimas de maus-tratos em Jaraguá do Sul aumentou em 65% nos últimos dois meses. A Associação Jaraguaense Protetora dos Animais (Ajapra) revela que a situação se complica nos períodos de férias, quando os donos saem para viajar e os animais fogem ou são abandonados nas ruas. A solução é encontrar lares temporários, que possam receber os animais e dar um pouco de carinho e amor.

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A Ajapra atende a cerca de 70 animais cadastrados. A maioria fica em casas de voluntários, que são os responsáveis pela saúde e a alimentação até que os animais sejam adotados. Outros ficam em casas de pessoas da comunidade, que não são voluntárias da entidade, mas aderem à causa.

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– Todos os dias recebemos, em média, cinco mensagens de abandono por e-mail ou via rede social. Sem falar das pessoas que comunicam diretamente para as voluntárias – conta a presidente da Ajapra, Maria de Lourdes Pellense.

Ela ressalta que a Ajapra não tem obrigação de recolher animais, porque não possui uma sede própria. Segundo Maria, por se tratar de uma questão de saúde pública, a responsabilidade é da administração municipal. O órgão competente é o Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura. Porém, só são recolhidos os cachorros e gatos de rua encontrados machucados ou com algum problema de saúde. Após a melhora dos bichinhos, se não houver adoção, voltam às ruas.

– O problema é falta de consciência das pessoas e de medidas públicas. Os animais ficam soltos e não são castrados, assim se reproduzem e os filhotes são abandonados – destaca.

Atualmente, a Ajapra conta com cinco voluntários. A entidade sobrevive com a doação de pouco mais de R$500. A renda fica maior ao somar os 20 cofrinhos espalhados em pontos da cidade, que arrecadam cerca de R$300 por mês.

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– Quando recebemos um animal, é preciso fazer a castração, a vacina e outras questões médicas. Só nessa parte, já vai os R$500 mensais que sobrevivemos – enfatiza.

Quem quiser colaborar com a Ajapra pode entrar em contato via Facebook ou pelo site www.ajapra.org.br. Nas páginas, constam ainda fotos de animais perdidos. Segundo a presidente, a pessoa precisa passar por um critério de aceitação, pois a intenção é que o animal não seja abandonado novamente ou sofra maus-tratos.