Depois de atuar por 6 anos como uma protetora dos animais, Mônica Probst, a presidente da ONG Ação Quatro Patas decidiu criar um abaixo-assinado pela criação de um Centro de Zoonoses e uma Coordenadoria do Bem-Estar Animal no município de São José, em Santa Catarina. Mônica acredita que só agindo na esfera pública é possível mudar a situação dos animais abandonados da cidade, que não recebem nenhum respaldo do município.
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– Resolvemos buscar ajuda, já que há alguns anos fazemos um trabalho de recolhimento de animais doentes das ruas, em geral em estado grave. Tratamos, castramos esses animais e procuramos donos para eles. Mas como somos voluntários e só contamos com nossa própria verba, o número de animais que podemos cuidar é muito pequeno perto do que é necessário para que aconteça uma mudança na situação dos animais de rua. Cada animal recolhido custa entre R$ 600 e 800 reais em média – afirma Mônica Probst, presidente da Ação Quatro Patas e comerciante.
Segundo Mônica, contando com os participantes da ONG, são cerca de 40 protetores protetores dos animais cadastrados em São José e mais de 600 em Florianópolis.
– Mas o nosso trabalho é de formiguinha. Eu posso cuidar de um cão que eu encontrei semana passada com mais de 500 carrapatos pelo corpo. Fiquei com uma ninhada por mais de um ano até que encontrei dono para todos os cães, mas para realmente mudar o cenário só existem dois caminhos: a castração em massa e a educação nas escolas, para mudar a mentalidade da nova geração e acabar com os maus tratos e o abandono de animais – conclui Mônica.
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Cada castração faz diferença
O secretário da saúde de São José, Carlos Arselino, concorda com Mônica. Ele mesmo já assinou o abaixo-assinado e se considera pessoalmente interessado na criação do centro de zoonoses, já que ele é o responsável pela ONG Animalares, que cuida de 200 animais abandonados. O secretário informa que existe um projeto de centro de zoonoses que já está quase concluído.
– O projeto deve ser divulgado em abril e a construção deve começar em julho, mas mesmo assim é importante que as pessoas assinem o abaixo-assinado, porque várias vezes esse projeto já quase saiu do papel e acabou cancelado, então é importante que a população pressione para que fique claro para o poder público que a situação não pode continuar assim.
Segundo o secretário, o centro não vai ser tão grande quanto deveria, mas já vai ajudar bastante e é inspirado no modelo do centro de Florianópolis.
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– O centro de Florianópolis faz um trabalho incrível, acredito que já castraram mais de 50 mil animais – diz o secretário, reforçando o fato de que um cão de rua tem a capacidade de gerar 6 mil descendentes durante seu período de vida, por isso cada castração é importante.
Para assinar o abaixo-assinado clique aqui.