A estratégia era, já na escalação, surpreender o Avaí com velocidade nas costas dos laterais/alas Guga e Capa. No primeiro lance da partida isto apareceu. Juninho nas costas de Guga e de passagem por Airton, que fez o pênalti. É quando a estratégia se materializa. Com menos de dois minutos o Figueirense estava a frente no placar. Isto acentuou ainda mais a estratégia de Milton Cruz. O Figueirense esperava e deixava o Avaí com a bola para buscar o contra-ataque nos erros avaianos. Mas foram poucos os contra-ataques e a pressão do Leão foi grande. O jogo teve o mesmo roteiro praticamente o tempo inteiro. O Avaí chegava, criando espaços, mas errava bastante nas finalizações. Quando acertava, o goleiro Denis impedia o gol com grandes defesas. Como no pênalti batido pelo lateral Guga. Denis voou, já no final do primeiro tempo, para manter a vantagem do Figueirense. Faltou ao Avaí o acerto no ataque. Faltou ao Figueirense um pouco mais de posse de bola e tranquilidade. Não faltou luta a nenhum dos dois times. O Avaí lutou muito pra empatar, com a bola no pé e com chances claras. O Figueirense lutou correndo muito, batalhando pelo resultado e se agarrando à estratégia estabelecida para o jogo. A vitória traz o Figueirense de volta, depois de uma sequência ruim de seis jogos e uma única vitória.

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Denis foi gigante
O melhor em campo foi o goleiro Denis. Fez a defesa do pênalti e mais uma meia dúzia de intervenções importantes e que garantiram a vitória do Figueirense. Foi a liderança que surgiu em uma equipe que precisava ganhar personalidade. O resultado pode trazer confiança de volta ao Figueirense, uma equipe cheia de talentos, como Denis, mas que estava se perdendo na sequência de jogos. O Figueirense tem um grande goleiro. Foi o homem do clássico.

Arbitragem
Marcelo de Lima Henrique não foi perfeito, mas foi quase. Talvez tenha faltado um segundo cartão amarelo para Zé Antônio, mas isso já era aos 40 minutos do segundo tempo. Nos lances mais importantes ele acertou. Nos dois pênaltis marcados foi incisivo e firme. Marcou com convicção e acertou. Em outros lances de pênaltis pedidos também esteve certo, mandando seguir. Não houve mais nenhum pênalti no jogo, realmente. E aos 48, o gol de Matheus Barbosa foi bem anulado. Havia impedimento e o gol foi bem anulado. Não há o que contestar na arbitragem do carioca. A arbitragem foi muito bem.