Foi no velho Estádio Durival de Brito e Silva, na Vila Capanema, que assisti aos grandes encontros de seleções entre Santa Catarina e Paraná. De recordações nada agradáveis. Levamos muita porrada e as goleadas vinham a cada jogo. Em 1959, terminamos com a bravata dos paranaenses, empatando lá e vencendo aqui. Na década de 60 surge o Metropol e passamos a viver uma outra realidade. Ferroviário, Coritiba, Atlético e outros tantos que andaram trocando de nome experimentaram o crivo catarinense na Taça Brasil. O nosso futebol cresceu e, na década de 80, o Joinville deu as cartas e jogou de mão com o surgimento do Campeonato Brasileiro. Depois, bem depois, o Paraná recuperou a sua hegemonia. O Pinheirão Surge o estádio da Federação Paranaense, o Pinheirão. Na inauguração, dia 15 de junho de 1985, Santa Catarina 3 x 1 Paraná. Os coxas não entenderam. Era tudo que não podia acontecer. O crescimento do futebol vizinho, a partir daí, foi muito grande. Hoje, os nossos irmãos paranaenses, com toda certeza, estão alguns pontos acima do nosso futebol. Basta olhar quantos times o Paraná tem na Série A. E nós? A costela No jantar que o governador ofereceu ao Joinville, Delfim Peixoto não resistiu a uma costela de porco que o vice, Paulo Bauer, encarava com grande desenvoltura a seu lado. Chamou o garçon e, solicitamente, pediu uma costelinha igual. Gentilmente, o garçon trouxe o produto, tal qual o presidente da FCF queria. “Obrigado pelo otimo atendimento”, disse Delfim ao garçon. “Espero que o senhor de o mesmo atendimento ao Avaí, já que faz horas que o senhor não aparece lá, hein?”, emendou o rapaz. Fora da Vila O Avaí, neste domingo, não vai jogar na famosa Vila Capanema. O jogo foi marcado para o Estádio Érton Coelho de Queiroz, chamado Boqueirão. É um amistoso, porém, muito importante para avaliação do novo time azurra. O Paraná também está procurando renovar seu time para o Campeonato Brasileiro. É o terceiro amistoso do Avaí, já com alguns novos contratados em ação. Um ótimo teste. Reza braba A que ponto chegamos, hein! O Brasil enfrenta o Peru, às 18h, e vamos ter que apelar para uma mandinga especial pra ver se dá certo. Com um time sonolento, desligado e sem determinação, vimos contra o México apenas o técnico Felipão mostrando raça. Como não ficar irritado no banco? Acabou promovendo um festival de palavrões via satélite para todo país. O pior é que não temos solução para o momento a não ser rezar, pois era só o que nos faltava não classificar na Copa América. Secador Durante o jantar que o governador ofereceu ao Joinville, José Carlos Soares, o Zico, assessor de imprensa, num canto, acompanhava pelo seu surrado rádio portátil o jogo Avaí x Desportiva. Ao segundo gol azurra, irritado, desligou e sumiu. Quando reapareceu, Esperidião perguntou: “Como é que tá o Avaí?” “Não sei, tá jogando?” Zico é alvinegro ferrenho. Altitude O Metropol voltava da famosa excursão à Europa. O comandante do avião: “Neste momento, já estamos voando sobre o território brasileiro, a 11 mil metros de altura”. Comenta o lateral Tenente para o goleiro Rubão: “Puxa, eu sabia que o Brasil era grande, mas não sabia que era tão alto”.
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