Os programas de fidelidade, que nasceram nas companhias aéreas norte-americanas na década de 1980, espalharam-se por supermercados, farmácias, postos de combustíveis e companhias aéreas como um benefício para o consumidor e um incentivo ao consumo. Os programas evoluíram e os pontos acumulados passaram a ser uma moeda, assim como o dinheiro, pois também servem para adquirir bens ou outros serviços.

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A valorização dos programas de milhagem é resultado da profissionalização do setor. Empresas especializadas passaram a atuar na compra e venda dos pontos diretamente de companhias aéreas, redes varejistas e empresas de combustíveis. Essa profissionalização também fez com que a metodologia para valorizar as milhas fosse divulgada e as regras se tornassem claras. Os dois fatores permitiram ao consumidor acumular mais pontos e ter mais poder na troca. Hoje se sabe que uma milha vale cerca de R$ 0,30 e que é possível, com pesquisa e habilidade, fazer com que valha o dobro.

Parece um número pequeno, mas dados da Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), em 2016, mostram que o mercado movimentou R$ 5,67 bilhões. O número de brasileiros inscritos em programas de fidelidade cresceu cerca de 15%. São cerca de 90 milhões de cadastros em sistemas de milhagem.

Outro dado sobre o mercado de milhagem que chama a atenção é que 17% dos pontos expiram no prazo de validade sem serem usados. Quem nunca deixou alguns pontos vencer por acreditar que fossem poucos ou porque não tinha a expectativa de viajar? Isso revela que ainda há muita gente sem utilizar milhas, já que o período de duração é de dois anos. Não há mais motivos para perder pontos e dinheiro. Mecanismos nos programas de fidelidade permitem que as milhas sejam utilizadas em outros produtos e serviços gerando uma boa economia. Basta seguir algumas dicas, como monitorar ofertas e planejar as compras. Com isso, é possível valorizar e aproveitar ainda mais os benefícios dos programas de milhagem.

*João Pimenta é advogado

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