“ Apurada a eleição presidencial, segue vivo o anseio mudancista citado pela candidata reeleita. Latente é, por ora, juntarmos os fragmentos divididos da nação, onde fomos segregados entre redentores e rendidos, como se não lutássemos todos por aquilo que cremos ser o melhor para o país. A população sai dessas eleições majoritárias esfacelada. Atônita do ódio apregoado aos quatro cantos do país, procurando em diferenças regionais a razão para a vitória dilmista ou para a derrota aecista. O preconceito ecoa nas redes sociais e retumba nas ruas, como se um olhar torto pudesse mudar o resultado das urnas. Felizmente não o fará. A eleição foi direta e democrática, portanto deve ser respeitada.
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Sai rachado deste outubro o povo brasileiro. Não é fábula afirmar que temos inúmeros problemas que urgem mudanças estruturais. A primeira delas, indubitavelmente, é a reforma política – por razões que vão desde o sistema corruptor até a falta de representatividade bradada por milhões de vozes em junho do último ano. Diferenças sejam respeitadas, a vontade da maioria sagrou a reeleição de Dilma, dando vida própria à candidata de quatro anos atrás.
Maioria sim, não esmagadora. Sai mais forte do que entrou na disputa a candidata vencedora, entretanto, sai fortalecida das urnas a oposição, que se uniu em torno de uma candidatura, até o início deste pleito desconhecida dos brasileiros, mais de 51 milhões de eleitores. Os dois lados saem ganhando, embora a vitória com maior visibilidade seja a vermelha. Que o próximo governo seja de convergência com as vozes da população, dando ao país ética, eficiência e desenvolvimento socioeconômico. Que os brasileiros se mantenham politicamente vivos após o pleito e que cobrem as mudanças, independentemente de bandeira partidária, para que o nosso país aproveite plenamente todo o seu potencial de crescimento. “