O link no site Canal Judicial que leiloa o triplex do Guarujá (SP) atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu mais de 37,5 mil visitas. No entanto, faltando um dia para acabar o leilão, o apartamento ainda não obteve nenhum lance de compra.

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O imóvel de 297 metros quadrados, avaliado em R$ 2,2 milhões, fica no edifício Solaris e está há quase dois meses à venda — desde 16 de março. Caso não haja nenhuma proposta até as 14h desta terça-feira (15), o leilão deve ser reaberto por sete dias, com mínimo de 80% do valor de avaliação.

A venda pública foi determinada pelo juiz Sergio Moro em janeiro. Até então, o apartamento estava em nome da OAS Empreendimentos e havia sido penhorado pela 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Justiça Distrital de Brasília. A penhora foi efetuada numa ação de cobrança de dívida da OAS com uma empresa de material de construção.

Segundo Moro, a penhora não seria possível, pois o imóvel foi confiscado como produto de crime. Desta forma, o juiz determinou o leilão público e que o valor da venda seja destinado à Petrobras.

O apartamento e suas reformas, supostamente custeadas pela OAS, foram apontados por Moro e pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) como propinas de R$ 2,2 milhões da empreiteira ao ex-presidente. Lula negou as acusações.

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O petista foi condenado em 1ª instância à pena de nove anos e seis meses de prisão, mas o TRF4 aumentou a condenação para 12 anos e um mês de reclusão. Lula cumpre a pena na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Há quase um mês, o triplex do Guarujá foi ocupado por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo.

Em outubro do ano passado, Lula afirmou, durante visita a uma ocupação do MTST, que, se conseguissem provar que o triplex no Guarujá, o apartamento vizinho à sua cobertura em São Bernardo do Campo e o sítio de Atibaia fossem seus, ele iria doá-los ao movimento.