DANIEL DIAS
Editor especializado do jornal Zero Hora
Inaugurado em 2000, o Complexo da General Motors mudou completamente o perfil econômico de Gravataí. Com 260 mil habitantes, a cidade da região metropolitana de Porto Alegre passou a ter o quinto maior PIB do Estado, com R$ 5,62 bilhões.
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Nos últimos 12 anos, Gravataí viu a arrecadação ser multiplicada, principalmente pelo ICMS. A maior arrecadação de tributos é feita através do complexo da GM, seguido pela da Pirelli. Mas o impacto positivo vindo da instalação de uma fábrica de automóveis não vem apenas na arrecadação direta.
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Como uma roda gigante impulsionadora de negócios, a unidade trouxe também os sistemistas – empresas fornecedoras de peças e componentes para os carros da montadora norte-americana -, crescimento do comércio, hotéis e na moradia dos funcionários que vieram de outros Estados e do exterior.
O Complexo de Gravataí absorveu investimentos iniciais da GM de US$ 600 milhões, incluindo os sistemistas. A fábrica foi inaugurada em 20 de julho de 2000, após mais de 30 meses de construção. Recentemente, o complexo recebeu novos aportes de US$ 240 milhões, para a duplicação da produção.
Logo após a implantação da fábrica da GM, o Rio Grande do Sul poderia ter recebido outra grande montadora norte-americana, a Ford, em Guaíba, também na região metropolitana da Capital. No entanto, o governo do RS da época não aceitou oferecer incentivos fiscais para a nova unidade. A história de mudanças e progresso ocorrida em Gravataí se transferiu então para Camaçari, na Bahia, que atraiu também a chinesa JAC Motors, que deu início à construção de sua fábrica no mês passado.
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