Um dos sete presos na Operação Blindagem da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira em Santa Catarina, o ex-secretário de Turismo de Florianópolis Mário Cavallazzi tem uma longa trajetória política marcada por eleições vitoriosas a deputado estadual (duas vezes) e uma como deputado federal, além de cargos públicos importantes no governo do Estado.
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Aos 67 anos, Mário Cavallazzi atualmente está afastado da cena política catarinense — ao menos longe de mandatos ou cargos. A última função com destaque que ocupou foi como secretário de Turismo de Florianópolis entre 2005 e 2010.
A saída foi um tanto conturbada e ele acabou pedindo demissão da Secretaria de Turismo após o episódio polêmico das comemorações natalinas de 2009, em torno de contratos para a montagem de uma árvore de Natal na Avenida Beira-Mar Norte e apresentação do tenor Andrea Bocelli — o poder público pagou antecipadamente R$ 2,5 milhões e o show nunca aconteceu.
Engenheiro agrônomo, deputado estadual eleito duas vezes (1986 e 1990) e deputado federal eleito em 1994, também ocupou cargos no governo: secretaria da Agricultura e Abastecimento entre 1991-1995 e diretor do Besc na década de 1980.
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As suspeitas da PF na Operação Blindagem recaem sobre o patrimônio de mais de R$ 10 milhões e indícios de crimes contra o sistema financeiro envolvendo financiamento com o BNDES, fiscais e lavagem de dinheiro, conforme disseram os delegados Christian Barth e Fernando Caieron, em entrevista coletiva pela manhã.
O Diário Catarinense não teve acesso ao preso, que teve prisão preventiva decretada e deverá ser encaminhado ao Presídio de Florianópolis ainda nesta quinta.
Segundo o seu defensor, o advogado criminalista Francisco Ferreira, Cavallazzi é inocente e não cometeu nenhum crime. O advogado busca acesso ao inquérito na Justiça Federal e deverá pedir a revogação da prisão preventiva.
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— Não vejo necessária a prisão preventiva, ainda que respeite a decisão do juízo — afirmou Ferreira.