A convincente vitória do Joinville sobre o Criciúma, fora de casa, parece não ter sido suficiente para fazer o técnico Hemerson Maria voltar às graças da torcida. Pelas redes sociais, as opiniões se dividem a respeito do treinador, que, no ano passado, levou o Tricolor ao improvável título da Série B do Campeonato Brasileiro. Enquanto alguns defendem o comandante com unhas e dentes, outros dizem que o time só melhorou porque ele passou a dar ouvidos às opiniões dos torcedores. Um terceiro grupo – este, com menos adeptos – ainda acredita que ele não é o homem certo para comandar a equipe na Série A.
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Se forem analisados os números do Joinville nos primeiros 14 jogos do Catarinense de 2014 – o mesmo tanto de partidas que já foram realizadas em 2015 -, eles jogam a favor e contra Hemerson Maria. Por um lado, no cômputo geral, este JEC somou menos pontos (24 contra 21), fez menos gols (18 contra 12) e sofreu mais tentos (10 contra 11). Por outro, a equipe de 2015 mostrou um crescimento maior na segunda fase, com mais vitórias (três contra duas) e mais gols feitos (cinco contra quatro). Além disso, o atual time tem mostrado que tem potencial para crescer ainda mais nas próximas rodadas, principalmente a partir do retorno de jogadores que estão no departamento médico.
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Enquanto se alimenta a discussão de se é melhor perder jogando bonito ou ganhar jogando feio, o técnico Hemerson Maria vai dando mais uma prova que é nos momentos de maior pressão que ele consegue colher o que tem de melhor do seu grupo de jogadores e de si mesmo. Foi assim no Catarinense de 2014, foi assim na Série B e está sendo assim novamente. O assunto, inclusive, foi discutido na sua entrevista coletiva antes do duelo contra o Criciúma.
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– Não teve jogo sem pressão aqui. No ano passado, começamos mal na competição: eram nove rodadas e classificavam quatro. Depois, todos os jogos foram decisão. Depois, veio a Copa do Brasil e tínhamos que ganhar. Veio o Campeonato Brasileiro e tínhamos que ganhar. Estou acostumado a isso. Sempre vai ter pressão na nossa vida. Tem pessoas que lidam melhor com ela e eu me dou muito bem. Gosto de estar pressionado. Isso me faz ficar quieto no meu canto, ficar acuado, para depois soltar o leão que tenho preso dentro de mim. Estamos alimentando isso no Joinville. O guerreiro está ferido, foi muito criticado e já estamos em segundo – disse.
Neste sábado, às 16 horas, o Joinville volta a entrar em campo para receber o Criciúma, na Arena. A cobrança para o time apresentar um bom futebol terá diminuído um pouco, mas a pressão será grande: principalmente para não decepcionar a massa de torcedores que deve lotar o estádio para dar mais um voto de confiança ao Tricolor.