*David W. Brown

Ela está em nosso lar, com os termostatos que aquecem residências antes da chegada do morador. Está em nosso carro, em dispositivos de segurança que nos alertam sobre veículos nas pistas adjacentes. Está nos aparelhos de TV, nos quais muitos de nós assistimos a programas e filmes por meio de aplicativos. Chegamos até a usá-la na forma de relógios que monitoram nossa saúde.

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Em 2020 e na próxima década, é provável que essas tendências se intensifiquem.

"A maior coisa é tudo conectado. Tudo em casa – teremos mais câmeras, mais microfones, mais sensores", disse Carolina Milanesi, analista de tecnologia da empresa de pesquisa Creative Strategies.

Eis o que esperar da tecnologia este ano.

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– A casa mais inteligente: a verdadeira automação.

Nos últimos anos, Amazon, Apple e Google lutam para se tornar o centro de nossa casa. Seus assistentes virtuais – Alexa, Google Assistant e Siri – respondem aos comandos de voz para tocar música, controlar lâmpadas e ativar robôs aspiradores. Produtos domésticos inteligentes funcionam bem, mas são difíceis de configurar, por isso a maioria das pessoas usa assistentes virtuais apenas para tarefas básicas, como definir um temporizador de cozinha e verificar a temperatura.

Então, em dezembro, Amazon, Apple e Google chegaram ao que parecia ser uma trégua: anunciaram que estavam trabalhando juntas em um padrão para ajudar a tornar os produtos domésticos inteligentes compatíveis uns com os outros.

Em outras palavras, quando você compra uma lâmpada conectada à internet na linha que funciona com a Alexa, ela também deve funcionar com a Siri e o Google Assistant. Isso deve ajudar a reduzir a confusão ao comprar produtos para casa e melhorar a facilidade com que os dispositivos conectados trabalham uns com os outros.

Milanesi disse que eliminar a complexidade é um passo necessário para que os gigantes da tecnologia atinjam seu objetivo final: a automação residencial sem a necessidade de as pessoas dizerem aos assistentes o que fazer.

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"Você quer que os dispositivos conversem entre si, em vez de ser o tradutor dessas interações entre eles. Se eu abrir a porta, então a porta pode dizer às luzes que a porta está aberta e, portanto, as luzes precisam se acender."

Se e quando isso acontecer, sua casa vai, finalmente, ser inteligente de fato.

– A ascensão lenta e constante do 5G.

Em 2019, a indústria sem fio começou a mudar para o 5G, uma tecnologia que pode fornecer dados a velocidades tão incrivelmente rápidas que as pessoas poderão baixar filmes inteiros em poucos segundos.

No entanto, a implantação do 5G foi anticlimática e desigual. Nos Estados Unidos, as operadoras o implantaram em apenas algumas dezenas de cidades. E poucos novos smartphones no ano passado trabalharam com a nova tecnologia celular.

Em 2020, o 5G ganhará alguma força. A Verizon disse que espera que metade dos EUA tenha acesso ao 5G este ano. A AT&T, que oferece dois tipos de 5G – 5G Evolution, que é incrementalmente mais rápido do que 4G, e o 5G Plus, que é a versão ultrarrápida –, disse que espera que o 5G Plus atinja partes de 30 cidades dos Estados Unidos no início de 2020.

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Outro sinal de que o 5G está realmente pegando? Cada vez mais dispositivos suportarão o novo padrão sem fio. A Samsung, por exemplo, começou a incluir suporte 5G em alguns de seus dispositivos Galaxy mais novos. A Apple também deverá lançar seus primeiros iPhones compatíveis este ano.

E o 5G vai trabalhar nos bastidores, de maneiras que surgirão ao longo do tempo. Um benefício importante da tecnologia é sua capacidade de reduzir consideravelmente o tempo que leva para que os dispositivos se comuniquem uns com os outros. Isso será importante para a compatibilidade de dispositivos de última geração, como robôs, carros autônomos e drones.

Por exemplo, se seu carro tem 5G e outro carro tem 5G, os dois podem falar um com o outro, informando que vão brecar ou mudar de faixa. A eliminação do atraso nas comunicações é crucial para que os carros se tornem autônomos.

– Mercado de dispositivos de vestir se aquece.

É um momento de intensa concorrência entre os dispositivos de vestir, o que poderá levar a mais criatividade e inovação.

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Por muito tempo, a Apple dominou esse segmento. Em 2015, lançou o Apple Watch, um smartwatch com foco no monitoramento da saúde. Em 2016, a empresa introduziu os AirPods, fones de ouvido sem fio que podem ser controlados pela Siri.

Desde então, muitos outros surgiram, incluindo Xiaomi, Samsung e Huawei. O Google adquiriu recentemente a Fitbit, fabricante do dispositivo de fitness, por US$ 2,1 bilhões, na esperança de alcançar a Apple.

Os chips de computador estão chegando a outros produtos eletrônicos, como fones de ouvido, o que significa que as empresas poderão introduzir inovações nos acessórios, disse Frank Gillett, analista de tecnologia da Forrester. Duas possibilidades: fones de ouvido que monitoram seus batimentos cardíacos ou que funcionam como aparelhos auditivos baratos.

– A revolução do streaming.

Caímos de cabeça na era do streaming, e isso vai continuar. Em 2019, a Netflix foi o serviço de vídeo mais visto nos Estados Unidos, onde as pessoas passaram uma média de 23 minutos por dia assistindo a seu conteúdo, de acordo com a empresa de pesquisa eMarketer.

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A participação da Netflix no tempo total que passamos assistindo a vídeos em dispositivos provavelmente diminuirá em 2020, de acordo com a eMarketer, devido à chegada de serviços de streaming concorrentes como Disney Plus, HBO Max e Apple TV Plus.

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