Concursado da Prefeitura como engenheiro agrônomo, o vereador James Schroeder (PDT) chega ao terceiro mandato no Legislativo com uma nova missão. Como integrante da mesa diretora da casa no biênio 2017-18, ele será o coordenador da Escola do Legislativo, que tem a função de qualificar o corpo técnico da Câmara e os servidores em geral. Ex-presidente da Fundação 25 de Julho, Schroeder acumula em sua trajetória experiências em órgãos do Estado e do município, como a antiga Secretaria de Desenvolvimento Regional, Defesa Civil, Fundema e Fatma. Aos 49 anos – completa 50 anos no dia 24 deste mês -, ele acredita que essa bagagem vai contribuir no exercício do novo mandato.

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Qual será a primeira ação ou projeto que o senhor pretende encaminhar neste início de novo mandato?

– Já protocolei um projeto sobre a questão do transporte turístico na cidade, que foi criado antes da regulamentação federal do setor e, portanto, precisava de atualizações. Trata-se de uma modificação que vai facilitar bastante a vida dos empreendedores que querem trabalhar nessa área na nossa cidade.

O senhor chega ao terceiro mandato. Acredita que essa experiência pode ser benéfica no exercício dele?

– Sem dúvida. Por mais que a gente creia que conheça o métier e vivencie o mandato, só com o tempo vai ganhando agilidade e segurança para desenvolver projetos importantes. A experiência nos traz essa facilidade. Mas não é só a experiência de plenário. Tive participação direta nas comissões técnicas, que foi muito interessante no último mandato. Estive presente nas comissões de Urbanismo, de Legislação, de Participação Popular e Cidadania discutindo temas sobre a mobilidade urbana, acessibilidade, segurança pública, entre outros.

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Em relação às comissões, o senhor ainda fará parte de alguma delas nesse primeiro biênio do mandato?

– Quando compus a mesa diretora da Câmara, na condição de segundo- secretário, já fiz a minha definição e, automaticamente, me coloquei fora das comissões, embora ainda vá participar das reuniões e dos debates. Porém, o segundo-secretário é o coordenador da Escola do Legislativo, algo que me traz oportunidades bem interessantes. A escola visa não apenas à qualificação do corpo técnico da Câmara, dos servidores em geral, mas também oportuniza para a sociedade o debate sobre cidadania, sobre o processo legislativo. E um dos primeiros fóruns do qual a sociedade poderá participar efetivamente vai ser sobre a temática dos instrumentos urbanísticos. Após a sanção da LOT, uma série de questões precisará ser transformada em lei, como o IPTU progressivo, a mobilidade urbana, a transferência do direito de construir e os quesitos do Estatuto da Cidade para as áreas de expansão urbana. Tem algumas coisas, como a questão da distribuição dos ganhos que eventualmente os proprietários de área de expansão urbana vão ter com a inclusão das suas propriedades rurais no perímetro urbano, que precisam ser mais bem entendidas. Tecnicamente, a gente ainda não sabe como fazer isso. Então, vamos chamar, via Escola do Legislativo, pessoas que tenham esse conhecimento técnico e acadêmico para discutir com a sociedade de que maneira isso poderá ser transformado em lei para a cidade.

Por falar na LOT, ela dominou as discussões na Câmara por um bom tempo. O senhor acredita que o assunto vai continuar na pauta neste mandato?

– Certamente, vai ter continuidade ao longo deste mandato inteiro. Ainda vamos nos debruçar sobre todos os desdobramentos que a LOT traz. Alguns serão bastante polêmicos, como o IPTU progressivo, um projeto que o Executivo já tem no forno. Outros são bem interessantes, como o da regularização fundiária, onde vamos poder dar oportunidade para que muitos moradores, algo em torno de 40% das propriedades, regularizem seus imóveis. Falo, principalmente, da população de baixa renda, que comprou um lote em contrato de gaveta, numa área que não passou por processo de licenciamento e isso agora será possível após a aprovação da LOT. Podemos dar a efetiva cidadania a essas pessoas com direito ao título de propriedade da sua casa, do seu empreendimento.

Existe o entendimento de que a nova composição da Câmara de Vereadores está mais favorável ao atual governo. O senhor concorda?

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– Precisamos ver isso em um contexto maior. Não significa ser pró-governo, mas, sim, pró-Joinville. Temos uma sociedade que, nas urnas, deu um recado muito claro, de que precisa haver respostas efetivas da classe política, não só dos vereadores. Há uma impressão generalizada do cidadão de que ele não tem qualquer voz ativa na discussão do futuro da sua cidade, do seu bairro, da sua rua. Aqui, a ideia é que a Câmara seja aliada do governo municipal, que tem efetivamente a caneta na mão para fazer a coisa acontecer nas áreas da saúde, da educação e da infraestrutura. A Câmara será parceira nesse sentido. É claro que vamos ter um olhar bastante cuidadoso com relação aos gastos públicos, mas também com um sentido de cidadania, de tentar aperfeiçoar o que for possível e aprovar o que for interessante para a sociedade. Não é uma questão de ser governista, mas, sim, de trabalhar em favor de Joinville. A sociedade deixou claro nas eleições que quer mudanças, não apenas de caras, mas de atitudes, de procedimentos, de comportamento e de resultados.

Perfil

Nome completo: James Schroeder.

Idade: 49 anos.

Local de nascimento: Joinville.

Estado civil: casado.

Filho: Tiago, 13 anos.

Grau de instrução: superior completo.

Formação: engenheiro agrônomo.

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* O colunista Jefferson Saavedra está de férias e volta a escrever neste espaço no dia 9 de fevereiro. Sugestões de notas e reportagens no período de ausência do colunista podem ser enviadas para o jornalista Jean Balbinotti pelo e-mail jean.balbinotti@an.com.br ou pelo telefone (47) 3419-2147.