A primeira audiência do processo que apura o ataque contra uma creche de Saudades, no Oeste catarinense, terminou por volta das 18h30 desta quinta-feira (5). O crime, que ocorreu em maio, deixou cinco mortos, sendo três crianças com menos de 2 anos e duas educadoras.
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A audiência ocorreu em Pinhalzinho, também no Oeste, e iniciou por volta das 13h30. Nesta primeira etapa, foram ouvidas 13 das 15 pessoas previstas, sendo que seis eram sobreviventes do massacre. Duas das tesmunhas, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), desistiram de depor. O réu, de 18 anos, não acompanhou a audiência.
Uma das testemunhas que prestou depoimento nesta quinta-feira é o bombeiro militar Rafael Blasechi. Ele estava no plantão no dia em que ocorreu o ataque e foi um dos primeiros a chegar no local.
— A situação era de caos. A gente fez o primeiro atendimento ali das vítimas e do acusado em si e a gente participou de toda a situação. Darei minha contribuição para ver como vai ser o desenrolar do caso — disse em entrevista ao G1.
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Como o processo está em sigilo, apenas a equipe do fórum e os depoentes puderam participar da audiência, que é presidida pelo juiz Caio Lemgruber Taborda. Além disso, devido à pandemia, juiz, promotor de justiça e o advogado de defesa participaram de modo online, enquanto as testemunhas prestaram depoimento no fórum.
O teor dos depoimentos não foram divulgados, já que o caso está em sigilo.
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Réu será ouvido no fim do mês
Uma nova audiência sobre o caso está marcada para ocorrer no dia 24 de agosto. Este também será o dia em que o réu, que segue preso, será ouvido por meio de videoconferência. Na ocasião, outras 14 pessoas também serão ouvidas.
Ele responde por cinco homicídios qualificados por motivo torpe, cruel e em ação que impossibilitou a defesa das vítimas. Além disso, o homem é réu por 14 tentativas de homicídio – de pessoas que também estavam na creche.
Relembre o caso
O caso aconteceu em 4 de maio quando um homem de 18 anos entrou na creche armado com duas facas. Segundo o delegado Jerônimo Marçal, o agresso teria atacado uma professora na entrada da escola. Ela, então, correu para uma sala onde estavam quatro crianças e a uma agente educativa.
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Ao chegar no local, o autor continou os ataques, matando a professora e três crianças. Já a agente, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Todas foram atingidas com ao menos cinco golpes.
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