O empresário Hélio Bueno, que há 10 anos se mudou de Florianópolis para a Cidade do México, estava no aeroporto no momento em que o terremoto de magnitude 7,1 abalou a região nesta terça-feira. Bueno conta que o terminal 2 do Aeroporto Internacional Benito Juárez precisou ser evacuado e que o piso do local e algumas pistas foram danificadas, sofrendo desníveis.

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— A situação está meio caótica. Estou no trânsito, voltando para casa, mas no caminho dá para ver outdoors caídos. Esse terremoto foi mais fraco que o anterior (registrado há 15 dias), mas foi mais perto, em Puebla. O problema é que ele foi vibratório, e não oscilatório, o que causa mais estragos — relata.

Bueno ainda conta que alguns apartamentos do condomínio onde vive, em Interlomas, distante cerca de 18 quilômetros da Cidade do México, foram danificados com rachaduras. Segundo ele, os estragos não foram maiores por causa das constantes fiscalizações feitas nas construções hoje em dia.

— A sorte é que, depois de 1985, as construções aqui são muito fiscalizadas, os prédios são muito residentes. Os que caíram hoje, a maioria, são antigos, construídos sem as normas atuais — escreveu por mensagem para a reportagem.

O empresário ainda descreve que, em situações como essa, a Defesa Civil local sobrevoa a região atingida para mapear os estragos e a população pode reportar, por meio de ligações, vazamentos de gás ou rachaduras que podem prejudicar estruturas. Em casos mais graves, uma equipe costuma ir até o local, mas em outros casos, as orientações e diagnósticos são passados por telefone. Além disso, os condomínios possuem equipes treinadas que também adiantam as vistorias.

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Elaides Biazin, esposa de Bueno, conta que estava no trabalho no momento do tremor e que, apesar de já ter presenciado vários outros tremores no período em que mora no México, este foi o mais intenso:

— Já moro aqui há 10 anos e já passei por vários terremotos, mas este foi muito intenso, o que mais tive medo. Imediatamente, quando ocorre esse tipo de tremor, a emergência número um é localizar familiares. Meu filho estava na escola e meu marido, no aeroporto. Consegui falar com ele e lá no aeroporto teve uma série de consequências. Na escola do meu filho não teve nada mais grave que o susto — afirma.

(Foto: Hélio Bueno / Arquivo Pessoal)

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