Antes da partida entre Brasil e Alemanha, pelas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a Fifa colocou lado a lado, na sala de conferências do Maracanã, dois ídolos campeões mundiais pelos dois países: Ronaldo Nazário, 37 anos, vencedor em 1994 e 2002, e Lothar Matthäus, 53 anos, que levantou a taça em 1990.

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A entrevista começou de maneira divertida. Cannavaro, 40 anos, capitão do título italiano em 2006, estava entre os dois e falou para eles não brigarem por causa do jogo desta terça. Espirituoso, Matthäus bateu de primeira:

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– Temos pesos diferentes, não somos da mesma categoria.

Ronaldo se levantou, fez pose de boxeador e sorriu. A seguir os dois falaram sobre o momento das duas seleções para a semifinal de Belo Horizonte.

A ausência de Neymar

Ronaldo:

– Mandei uma mensagem de apoio ao Neymar. Senti com ele a pior das dores, que é a de abandonar a Copa. Ele é tão novo, tão cheio de sonhos. Foi um golpe muito duro. Mas se a Alemanha pensa que vai encontrar um time fraco, debilitado, será um grande erro. Não se pode nunca subestimar a Seleção Brasileira. O Brasil nunca foi e nunca será dependente de um jogador, mesmo que seja o Neymar.

Matthäus:

– Substituir Neymar assim, de uma hora para outra, é bem difícil. Acho que a essa altura nem o técnico sabe quem colocará. Pode ser o Willian, mas é uma decisão do treinador e ele deverá guardá-la para si. Na zaga o Dante deve entrar, está acostumado a esse tipo de pressão e joga na Alemanha, então é uma alteração mais fácil.

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O recorde de Klose

Ronaldo:

– Não vou sofrer se ele fizer gol, eu gosto de ver futebol. Alguém vai marcar mais gols e bater meu recorde. Mas eu não gosto de ver gols contra o meu time, então prefiro que ele não marque por causa disso, não pelo recorde.

Matthäus:

O Klose não jogou bem contra a França, mas é inegável que a presença dele em campo preocupa o adversário. Um jogador desse nível, com essa história, 15 gols em Copas, sempre mete medo.

Nível da Copa

Ronaldo:

– A Copa está fantástica, com grandes jogos. Temos viradas e muita emoção. Fica até difícil dizer qual foi o melhor jogo até agora. O gol mais bonito foi o do Cahill contra a Holanda (Austrália 2×3 Holanda, no Beira-Rio).

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Matthäus:

-Tive oportunidade de trabalhar como observador em alguns Mundiais depois que parei de jogar. Esse está realmente muito bom, estou satisfeito com o nível, mas ainda acho que a Alemanha, apesar de estar na semifinal, pode render mais.

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