Ademar Paes
(Foto: NSC Total)

Viver num mundo em transformação e com grande evolução tecnológica não é garantia de que os benefícios dos avanços alcançados sejam distribuídos de maneira igualitária, nem que eles tenham resolvido os maiores problemas na sua essência. Uma demonstração clara desse entendimento acontece na Saúde, que nunca esteve diante de tantas soluções tecnológicas, mas enfrenta inúmeros e crescentes desafios, especialmente em países que estão em pleno processo de desenvolvimento, como o Brasil.

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Para avaliar com mais precisão essa realidade, a McKinsey & Company (consultoria para estratégia de crescimento e de inovação empresarial) uniu-se ao CLP — Centro de Liderança Pública para lançar o documento “Visão Brasil 2030”, elencando as aspirações, metas e propostas dos brasileiros em três áreas centrais: educação, saúde e desenvolvimento econômico. Os dados apresentados são impactantes e resultam de 12 meses de trabalho, envolvendo mais de 150 especialistas nos três setores e mais de 2 mil entrevistas em 50 cidades.

As principais metas da Saúde indicadas pelos brasileiros são ter maior expectativa de vida, menor mortalidade infantil e reduzir a disparidade da assistência prestada para a população. Já a realidade apresentada no mesmo relatório caminha passos opostos ao desejo da sociedade, na medida em que a taxa de mortalidade infantil brasileira ainda é uma das mais altas da América Latina, o cidadão pode esperar até um ano para realizar exame ou procedimento cirúrgico na rede pública (dependendo de sua necessidade e urgência) e apenas 1 em cada 3 mulheres do país faz as 7 consultas pré-natal recomendadas pela OMS.

Felizmente, Santa Catarina representa hoje uma realidade diferente no cenário da Saúde e, embora ainda tenha grandes impasses a vencer, o estado quer ser e está se preparando para ser instrumento de mudança. Na verdade, já estamos acostumados a dar passos na frente, em olhar adiante, buscando uma perspectiva de constante e inevitável evolução. Basta perceber o polo tecnológico em franco crescimento em cidades como Florianópolis e Blumenau.

Dessa forma, tornamo-nos o estado brasileiro que ocupa o primeiro lugar em resultados na assistência à saúde populacional, seja nos serviços oferecidos pela rede pública, seja na rede privada. Ao longo dos anos fomos criando programas e ferramentas que nos ajudaram a diminuir a mortalidade infantil, a aumentar a expectativa de vida (hoje a maior de todo o país, chegando quase aos 80 anos), a melhorar o resultado no tratamento de câncer e outras doenças, além de criar centros de referência em diversas especialidades médicas.

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E mesmo reconhecendo a importância de todos os profissionais que atuam na saúde, da essencial multidisciplinaridade, é preciso destacar ainda que boa parte desse crédito é da comunidade médica, que vem investindo de maneira corajosa e visionária, trazendo para cá o que há de melhor na medicina mundial.

Que o modelo catarinense possa se espalhar por nosso imenso país, para que todas as conquistas alcançadas na modernidade dos últimos anos nos façam uma Nação mais justa e igualitária, também pelos braços da tecnologia.

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