As estatísticas falam por si: os homens têm uma expectativa de vida inferior em cinco a sete anos à das mulheres. Eles apresentam índices de mortalidade mais elevados em todas as principais causas de óbitos, com exceção da doença de Alzheimer.

Continua depois da publicidade

Neste mês, que se promove o Novembro Azul, o gênero masculino passa a ser o alvo, tendo como meta sua saúde, para além da prevenção ao câncer de próstata. Como reflexão para o tema saúde do homem, alguns questionamentos devem ser avaliados como, por exemplo, o que fazer para diminuir o risco de adoecimento dos homens, aumentar a expectativa de vida (com qualidade) e promover uma vida saudável? Como melhorar o acesso, a utilização e as interações com o sistema de atenção à saúde?

Os homens procuram menos os serviços de saúde porque, para eles, há uma desvalorização com o auto cuidado e precariedade nos referidos serviços, sobretudo na atenção primária. As alternativas à utilização deles pelos homens são a farmácia e os exames rotineiros exigidos pelas empresas empregadoras. A busca por vacinação ou prevenção é proporcionalmente maior por mulheres do que pelos homens. Eles costumam procurá-los para tratar de acidentes ou lesões.

O câncer de próstata é a segunda causa de mortalidade por neoplasias em homens brasileiros – as doenças cardíacas, a primeira. Embora seja um desafio orientar a clientela masculina a adotar um estilo de vida saudável e a mudar hábitos, pequenas mudanças podem gerar benefícios substanciais à saúde do homem.

Médicos, família e amigos devem capacitar os homens a compreenderem o risco de adoecimento, estimulando-os a adotarem medidas preventivas e a se valerem mais dos serviços de atenção necessários à saúde. A igualdade entre os gêneros vai acontecer quando os homens aumentarem a procura por cuidados preventivos e fizerem boas escolhas para a sua saúde.

Continua depois da publicidade