OA vida de um treinador de futebol está diretamente ligada às vitórias. No Brasil, especialmente, duas ou três derrotas seguidas colocam em jogo o emprego do técnico. Não seria diferente no Figueirense, onde a cobrança é forte e a torcida, impaciente. Com a vinda da CSR Empresa de Marketing, que comanda o futebol alvinegro, chegou-se a pensar que as coisas mudariam. Qual nada. Os dirigentes do clube têm pouca força, embora alardeiem que as decisões pertencem à diretoria alvinegra. Se tivessem força, o Figueirense não teria trazido um técnico cujo trabalho, por aqui, ninguém conhecia. Culpados? Procurar culpados não resolve nada. Mas os dirigentes do Figueirense precisam ser mais claros e deixar de lado a pompa que os afeta. Quem está sofrendo é o torcedor. Até agora, o projeto existente não passava pela troca do técnico. Todos sabem que ninguém vive de derrotas e Gilmar da Costa não conseguiu montar um time vencedor. Se atrapalhou totalmente. Mas a culpa seria só dele? E os outros? Quem manda hoje no Figueirense? A CSR Marketing ou a diretoria do clube? Quem decide as contratações? Quem define as rescisões? Na verdade, ninguém sabe. Acreditar em quem? O presidente diz que a diretoria dirige o clube e não abre mão disso. Então, precisa ter cuidado, porque o culpado do que anda acontecendo no Orlando Scarpelli não é só o Gilmar da Costa. Há dois anos que o clube do Estreito vem errando em demasia, tanto na formação do elenco, como nos técnicos que têm passado por aqui. Mistério O Figueirense, hoje, é um clube onde tudo é muito difícil. A vinda de Osvaldo Pascoal, um homem de comunicação, deve ter sido para estabelecer um elo de ligação com a imprensa. Há muita soberba, pouco profissionalismo, demora nas ações e qualidade duvidosa no futebol. Resultado: acúmulo de derrotas, irritação do maior patrimônio, que é a torcida, contratações equivocadas e crises desnecessárias. Homenagens O Avaí promoveu, ontem à noite, o jantar comemorativo aos 78 anos de fundação do clube. Duas homenagens chamaram a atenção. São nomes que ajudaram a fazer a história do clube, como Davi Ferreira Lima, engenheiro, autor de projetos importantes do clube, e Almir Morelli, centroavante nato, artilheiro, formou dupla de área com Cavalazzi na década de 60. Perfeita a homenagem. Em alta A arbitragem catarinense está mesmo em alta. Depois de Giuliano Bozzano, que vai bem no Nacional da Série A, Paulo Henrique Bezerra deu um banho na quarta-feira, no jogo Juventude x São Paulo, em Caxias do Sul. O comentarista Arnaldo César Coelho, da Globo, rasgou elogios a Paulo Henrique. A CBF precisa conhecer melhor nossos árbitros, pois os que têm aparecido por aqui deixam muito a desejar. CPI ou CPE? A assessoria do deputado Milton Sander garantiu ontem que a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o futebol catarinense vai sair. Uma diferença: será uma CPE (Comissão Parlamentar Externa) por orientação da Comissão de Justiça da Assembléia. O deputado ficou bravo e não concorda que tenha entrado numa fria. Técnico Começa a especulação sobre o nome do novo técnico do Figueirense. Muitos nomes, alguns logo descartados, outros queimados por alguns setores alvinegros. Acabará surgindo um nome que não constava de nenhuma lista prévia, como gosta o alvinegro. E, normalmente, de divisões bem inferiores do futebol brasileiro.
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