Deputados do PMDB catarinense com trânsito junto ao deputado Eduardo Cunha receberam informações de que a decisão de renunciar à presidência da Câmara Federal foi negociada e decidida na noite anterior, envolvendo as principais lideranças do PMDB e do Palácio do Planalto. A situação, que já era insustentável há meses, degringolou de forma definitiva com as últimas denúncias de envolvimento direto de Cunha com esquemas de propinas e corrupção em órgãos federais. Sem renúncia da presidência e sem punição do mandato, corria o risco de haver cassação pelo Supremo Tribunal Federal.

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A renúncia tem objetivo político visível: tentar mudar votos na Comissão de Constituição e Justiça para impedir a cassação do mandato.

À Câmara Federal, contudo, não há outra alternativa senão a cassação do mandato. Os prejuízos incalculáveis que este senhor causou ao Brasil, com sucessivas manobras, interferências descabidas e, sobretudo, mantendo a Câmara emperrada e o Brasil em sobressaltos quase diários sobre suas malandragens, estão a exigir uma punição ainda maior.

Os artifícios jurídicos e políticos usados por Eduardo Cunha provocaram outro efeito devastador, atingindo a imagem da classe política como um todo e frustrando as melhores expectativas da população brasileira.

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Os próprios deputados é que têm o dever de agilizar logo este processo e dar o tiro mortal da cassação.

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